OPEP pede aos outros produtores para cumprir acordo

Sem o contributo dos produtores fora do cartel, a OPEP sozinha não consegue reequilibrar os preços do petróleo. Uma situação que só deverá acontecer na segunda metade do próximo ano.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) admitiu esta quarta-feira que precisa que os outros produtores não-membros do cartel mantenham o compromisso de reduzir a produção global de petróleo no sentido de reequilibrar o mercado do ouro negro, uma situação que só deverá acontecer na segunda metade do próximo ano se todos cumprirem a sua parte do acordo.

“Um ajustamento da produção da OPEP não será suficiente por si só para limpar o excesso” que existe atualmente no mercado, referiu a organização no primeiro relatório mensal que publica desde que chegou a um acordo histórico para cortar a produção. “Isto enfatiza claramente a importância da contribuição dos produtores não-OPEP para o ajustamento da produção no apoio ao reequilíbrio no mercado”, frisou ainda.

"Um ajustamento da produção da OPEP não será suficiente por si só para limpar o excesso. Isto enfatiza claramente a importância da contribuição dos produtores não-OPEP para o ajustamento da produção no apoio ao reequilíbrio no mercado.”

OPEP

O entendimento alcançado a 10 de dezembro entre a OPEP e outros produtores como a Rússia e o Cazaquistão “vai acelerar a redução global dos stocks globais e avançar com o reequilíbrio do mercado de petróleo na segunda metade de 2017″, disse a OPEP, manifestando um tom menos otimista do que aquele revelado pela Agência Internacional de Energia, que adiantou esta semana que o excesso de petróleo vai rapidamente dar lugar a um défice já no primeiro semestre do próximo ano.

O petróleo valorizou cerca de 16% desde que os membros da OPEP chegaram a um acordo, no dia 30 de novembro, para cortar a produção pela primeira vez em oito anos. A 10 de dezembro outros 11 países produtores fora do cartel juntaram-se ao acordo.

De acordo com o relatório da OPEP, a produção fora do cartel aumentou em cerca de 100 mil barris por dia, para 300 mil por dia, “devido à expectativa de subida de preços para 2017”. Já a produção própria aumentou 158,8 mil barris por dia para os 33,87 milhões de barris diários em novembro, perante o restabelecimento da produção na Nigéria e Líbia. O nível de produção verificado no mês passado evidencia que os países vão ter de cortar mais a produção face ao objetivo implícito no acordo.

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