Governo quer criar em 2017 centro de inovação para turismo

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2016

A secretária de Estado do Turismo avançou hoje, no Porto, que quer criar em 2017 um centro de inovação para o turismo com todos os ‘players’ (intervenientes) do setor para “quebrar muros”.

“Se queremos liderar o turismo do futuro, e temos condições para isso, é preciso haver um motor adicional (…), que resulte de uma parceria entre Turismo de Portugal, entre associações empresariais, entre empresas de tecnologia, entre transportadoras aéreas, entre o sistema financeiro, no sentido de quebrar os tais muros que ainda existem muitas vezes entre as várias áreas e criar um espaço para incendiar a inovação”, declarou Ana Mendes Godinho, na sessão de abertura da conferência “Inovação no Turismo”, que está a decorrer na Reitoria da Universidade do Porto.

Ana Mendes Godinho explicou que por “incendiar a inovação” se deve entender o “forçar cada vez mais a ligação entre a indústria tradicional de turismo e as ‘startups’ (empresas em início de atividade) de turismo, os novos negócios que estão a surgir, permitindo que a indústria tradicional tenha resposta às suas necessidades de inovação (…), mas onde também as ‘startups’ encontrem espaço para crescer e se afirmarem no mercado”.

Se queremos liderar o turismo do futuro, e temos condições para isso, é preciso haver um motor adicional.

Ana Mendes Godinho

Secretária de Estado do Turismo

Para a secretária de Estado do Turismo, a criação do centro de inovação do turismo só faz sentido se tiver os vários ‘players’ envolvidos e que responda cada vez mais aos “desafios permanentes” de inovar para assumir Portugal “como um país especializado na indústria do turismo” e para que “o turismo tenha um efeito arrastador sobre outras indústrias que não aquelas que associamos tradicionalmente ao turismo”.

Criar uma plataforma com dados abertos para indústrias de turismo é outro objetivo para 2017 traçado hoje pela secretária de Estado do Turismo durante a conferência, reiterando a necessidade de todos os intervenientes do setor terem de “trabalhar cada vez mais o digital de uma forma articulada, integrada, inteligente entre todos, em vez de cada um estar a trabalhar por si e a dispersar esforços”.

O trabalho conjunto tem de ser cada vez mais “agressivo e eficaz na promoção e na comercialização do destino Portugal”, afirmou Ana Mendes Godinho, anunciando que para 2017 quer que seja criada “uma plataforma para dados abertos para que as indústrias de turismo, as ‘startups’ (…) consigam aproveitar estes dados e sejam cada vez mais promotores de Portugal”.

Outro dos objetivo para 2017 que a secretária de Estado do Turismo hoje traçou é disponibilizar ‘online’ toda a informação turística para que os visitantes tenham a perceção de tudo o que existe.

As pessoas ficam de facto completamente surpreendidas quando nos visitam, mas porque também não têm a perceção do que existe em Portugal. Há aqui um esforço enorme que temos de fazer todos e tem de ser um esforço conjunto no sentido de conseguirmos: número um, disponibilizar ‘online’, de uma forma fácil, intuitiva a oferta que nós temos, mas também saber comunicá-la de uma forma inteligente e cada vez mais eficaz”, defendeu.

A secretária de Estado sublinhou que ninguém duvida de que Portugal se pode posicionar como um “destino inovador” e de que “tem tido a capacidade de surpreender”, relembrando que se está a reinventar em torno das suas tradições e da sua autenticidade”.

Ana Mendes Godinho citou um estudo feito por uma consultora alemã junto do mercado alemão, no qual Portugal foi eleito como destino “número um em termos de singularidade e de diferenciação”.

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