Saída de Domingues não afeta risco da Caixa, diz S&P

Standard & Poor's não acredita que saída de António Domingues afete perfil de risco da Caixa Geral de Depósitos. Isto porque o plano de recapitalização mantém-se, enquanto Governo procura substituto.

Sentido contrário. A Standard & Poor’s não vê razões para alterar a sua opinião em relação à Caixa Geral de Depósitos (CGD), apesar da saída de António Domingues da administração do banco. Mantém a instituição pública sob vigilância de pendor positivo porque acredita que o plano de recapitalização acordado entre o Governo português e Bruxelas permanece tal como está hoje, numa altura em que o António Costa anunciará em breve o novo nome para liderar a CGD.

“A S&P mantém o pendor positivo sobre os ratings de longo prazo da CGD”, anunciou aquela agência em comunicado divulgado esta quarta-feira. “Entendemos que o acordo de princípio [em torno do plano de recapitalização] anunciado em agosto continua em cima da mesa e que o Governo está a trabalhar no sentido de encontrar um substituto para a gestão da CGD”, justifica aquela agência, depois de a DBRS ter colocado o banco público em vigilância negativa.

Apesar de manter tudo como está, a S&P, uma das três maiores agências de notação do mundo, diz que vai continuar atenta aos próximos capítulos para perceber se as mudanças vão ter impacto no que já foi acordado com Bruxelas. “Vamos monitorizar de muito perto se os recentes desenvolvimentos resultam em qualquer alteração estratégica ou mudanças no plano de recapitalização já anunciado, incluindo o tempo que demorará a ser materializado“, considera a agência.

A agência promete ainda manter a nova gestão debaixo de olho, nomeadamente a “capacidade de cumprir em tempo próprio os objetivos estratégicos da CGD e de melhorar a rentabilidade e qualidade de ativos”.

Finaliza o documento com a declaração de que, tal como já comunicou recentemente, uma futura ação em relação ao rating da CGD está dependente da aprovação formal por parte da Comissão Europeia do plano de recapitalização e da avaliação que vão fazer acerca dos detalhes específicos da operação (montantes e forma de uso da injeção de capital público).

Se tudo correr bem, e caso o rácio dos ativos ponderados pelo risco suba, mantendo-se sustentavelmente acima de 5%, a S&P vai mesmo rever em alta a atual notação de “BB-” que atribui ao banco público.

(Notícia em atualizada às 16h51 com mais informação sobre o comunicado da S&P)

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