Snapchat mais perto de conversar com os investidores

A rede social entregou ao regulador dos mercados os rascunhos de toda a documentação necessária para entrar em bolsa. A oferta pública inicial pode chegar aos 25 mil milhões de dólares, já em março.

A Snap Inc., proprietária da rede social Snapchat, pode entrar em bolsa ainda mais cedo do que se imagina. A empresa terá confidencialmente submetido à SEC, o regulador norte-americano dos mercados, rascunhos de toda a documentação necessária para avançar com a oferta pública inicial (OPI), avança o jornal The Wall Street Journal.

Segundo “pessoas familiarizadas com o assunto”, a rede social poderá conseguir uma avaliação entre 20 mil milhões e 25 mil milhões de dólares. A verificar-se, será a maior OPI desde a entrada do gigante chinês do comércio Alibaba: em 2014, entrou em bolsa com uma capitalização de 168 mil milhões de dólares.

A eleição do republicano Donald Trump para a presidência do país não terá, assim, afetado a ambição de negociar em público, algo que poderá começar a acontecer já em março de 2017. O jornal explica que, ao abrigo do Jumpstart Our Business Startups Act de 2012, o Snapchat tem o direito legal de dar este primeiro passo em privado, pois espera gerar menos de mil milhões de dólares de receita este ano.

Se a entrada em bolsa do Snapchat correr como o previsto, poderá animar um ano pouco colorido nas OPI em Wall Street. Segundo a Dealogic, citada pelo The Wall Street Journal, apenas 103 empresas entraram no mercado este ano, conseguindo 21,8 mil milhões de dólares no total — ou seja, praticamente o valor que se espera que o Snapchat consiga na oferta. Poderá igualmente ser um incentivo para que outras tecnológicas optem por fazer o mesmo.

O Snapchat é uma aplicação móvel que permite enviar mensagens que desaparecem ao fim de algum tempo. A empresa tem-se também posicionado no segmento dos conteúdos, estabelecendo parcerias com algumas das maiores empresas de media do mundo. Tem um público maioritariamente jovem, entre os 18 e os 24 anos, e gera receitas através da publicidade. Recentemente, lançou também uns óculos com uma câmara.

Deverá, assim, ser o primeiro membro de um pequeno grupo de unicórnios (startups avaliadas em mais de mil milhões) a testarem o mercado — a Uber é outro dos exemplos mais flagrante. O Snapchat foi criado e é gerido pelo jovem Evan Spiegel.

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