“Excitação, emoção e privação de sono” na criação do Pokémon GO

Mike Quigley, diretor de marketing da Niantic, esteve em Lisboa para falar do Pokémon GO. E contou que, nas primeiras seis semanas, houve "excitação, emoção e privação de sono" na equipa.

Pokémon GO, ou a febre que já passou. Será? Mike Quigley, diretor de marketing da Niantic, acha que não. O jogo ainda tem muito para dar, tal como a empresa que o desenvolveu. Quigley esteve em Lisboa no último dia do Web Summit para falar do passado e do futuro da empresa que criou a galinha dos ovos de ouro da Nintendo.

Em conversa com Erin Griffith, da revista Fortune, Quigley assumiu que “foi um verão louco para a Niantic”. Nas primeiras seis semanas, a equipa experienciou “excitação, emoção e privação de sono”, à medida que ia tentando, “ao mesmo tempo, manter os servidores estáveis e lançar o jogo em mais países”, o principal desafio, assumiu.

De recordar que, quando a Niantic lançou o Pokémon GO em julho, não o fez de imediato em todo o mundo. A aplicação ficou primeiro disponível em países como os Estados Unidos e a Austrália — até o Brasil, por exemplo, recebeu o jogo depois de Portugal. Ainda assim, a afluência foi tanta que o jogo de realidade aumentada ficou várias vezes indisponível devido a falhas nos servidores, muitas vezes provocadas por ataques informáticos.

Antes do Pokémon GO, a Niantic, ainda incubada pela Google, lançou o Ingress, o jogo que veio desbravar caminho. Foram recolhidos dados e, hoje, o executivo da empresa é o primeiro a admitir que “foram cometidos erros”. Mas o corrigir desses erros, nesse jogo, permitiu, mais tarde, evitar problemas com o Pokémon GO. Principalmente no que toca a “suporte aos jogadores” e mesmo “na promoção” do jogo, confessou.

Mike Quigley é diretor de marketing da empresa responsável pelo Pokémon GO, o jogo deste verãoWeb Summit / Flickr

Quanto ao facto de ser uma aplicação com mais de 500 milhões de downloads, em que cada jogador é obrigado a permanecer com o GPS ligado, gerando quantidades de informação gigantescas, Quigley garantiu que “não há planos para os usar” em outras aplicações. Pelo menos para já. Há, sim, uma ideia a longo prazo de disponibilizar a tecnologia, mas, para já, o foco da Niantic é “na experiência do utilizador”.

O diretor de marketing da criadora do Pokémon GO aproveitou ainda a passagem por Lisboa para deixar conselhos aos empreendedores. Uma das lições que o jogo deste verão lhe deu foi: “Descobrimos que as coisas podem ficar muito grandes de repente e aprendemos a gerir isso.” A outra foi: “Temos de ter a certeza de que somos muito claros naquilo que comunicamos”, rematou.

Atualizado às 21h13.

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