Premiar o melhor da inovação nacional baseada no conhecimento

  • Miguel Botelho Barbosa
  • 23 Novembro 2016

ANI associa-se ao Prémio Produto Inovação COTEC. Ao longo dos últimos anos, no conjunto dos apoios ao I&D empresarial sob a sua gestão, a ANI apoiou estas empresas com cerca de 30 milhões de euros.

Portugal não pode negligenciar o seu potencial de inovação enquanto motor de prosperidade e crescimento económico. Esta ambição exige a promoção de uma cultura empresarial de inovação baseada no conhecimento alavancada, entre outros, por um esforço crescente na área da comunicação e celebração dos seus sucessos.

Neste quadro, é de grande importância dar a conhecer a todo o país resultados decorrentes da inovação baseada no Investigação e Desenvolvimento (I&D) empresarial e no conhecimento, pelo estímulo que tais resultados podem constituir para o desenvolvimento de uma cultura de inovação.

O Prémio Produto Inovação COTEC-ANI, marca incontornável do panorama da inovação, sobretudo inovação de base científica e tecnológica, em Portugal, é certamente uma das melhores oportunidades de cumprir esse desafio.

É, por isso, com uma enorme satisfação que nos associamos a esta importante distinção, que consideramos uma das melhores formas de dar a conhecer, não apenas exemplos do sucesso de actividades de inovação tecnológica medida pela criação de produtos altamente inovadores, mas também o impacto da actividade da ANI – Agência Nacional de Inovação, e das iniciativas de política pública de uma forma mais geral, no apoio a estas actividades e às empresas que a elas se dedicam.

Se analisarmos o universo de empresas que submeteram candidaturas à edição deste ano do Prémio, podemos muito rapidamente extrair duas conclusões: são empresas com grandes investimentos em I&D empresarial e, portanto, uma capacidade inovadora assinalável, e são, na sua maioria, empresas que a ANI se orgulha de incluir no seu portfólio de clientes.

Ao longo dos últimos anos, e no conjunto dos apoios ao I&D empresarial sob a sua gestão, a ANI teve a oportunidade de apoiar este grupo de empresas em cerca de 30 milhões de euros.

No âmbito do QREN/Portugal 2020, o investimento aprovado pela ANI para as empresas deste universo foi de 6,7 milhões de euros, estando ainda em processo de análise um investimento proposto de mais 2,7 milhões de euros. No âmbito do Sistema de Incentivos Fiscais ao I&D Empresarial (SIFIDE), e para a mesma janela temporal, a ANI aprovou um crédito fiscal superior aos 24 milhões de euros, o que corresponde a um investimento em actividades de I&D, executado ao longo dos últimos anos por estas empresas, de mais de 60 milhões de euros.

A capacidade, e a competitividade, da inovação tecnológica destas empresas verifica-se também ao nível da sua participação nos programas europeus. O Gabinete de Promoção do Programa Quadro, deu suporte à submissão de várias candidaturas por parte deste universo de empresas, ao 7º Programa-Quadro e ao Horizonte 2020, e que se traduziram num financiamento na ordem dos cinco milhões de euros.

Todo este dinamismo e capacidade inovadora, apoiado em medidas e incentivos à inovação, resultou em 25 produtos, de base científica e tecnológica, altamente inovadores e made in Portugal.

O vencedor do Prémio Produto Inovação COTEC-ANI 2016 já é conhecido. Chama-se PVU e é um material que se enquadra na categoria de tecido plastificado para utilização em interiores automóveis, diferenciando-se pela elevada resistência, pelo excelente comportamento em baixas temperaturas e pelas emissões e toxidade reduzidas. Foi desenvolvido pela empresa TMG Automotive e já é utilizado pela Mercedes, pela BMW, pela Toyota e pela Volvo, algumas das maiores marcas do mundo da exigente e competitiva indústria automóvel.

A menção honrosa foi atribuída ao produto Mulch biodegradável agrobiofilm, da empresa SILVEX, que constitui um material para cobertura do solo capaz de substituir o plástico, um derivado do petróleo, não biodegradável. Produzido a partir de fontes renováveis, contribui para a sustentabilidade das práticas agrícolas.

Estas distinções deverão ser um enorme motivo de orgulho para ambas as empresas, premiando não só a ambição das suas equipas de gestão e a excelência dos seus técnicos, mas também a qualidade das entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN) com que colaboram.

Fazemos votos de que as próximas edições deste Prémio continuem a ser o palco para a apresentação de mais e melhor inovação em colaboração em Portugal.

  • Miguel Botelho Barbosa

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