Expansão da FIL vai ser paga pela taxa turística

A taxa de dois euros cobrada pela autarquia aos visitantes vai servir para financiar as obras na FIL, de forma a ampliar o espaço que acolhe eventos como o Web Summit.

Depois de, há um mês, ter sido conhecido que a Câmara de Lisboa se prepara para fazer obras na FIL de maneira a que o espaço possa receber eventos de maiores dimensões e, por exemplo, crescer em simultâneo com o Web Summit, Fernando Medina anunciou esta quarta-feira que uma das fontes de financiamento para esse projeto de ampliação será a taxa turística lisboeta.

“Estávamos em condições de fazer este investimento, porque decidimos pela duplicação da taxa turística. Foi uma decisão que tomámos para o orçamento de 2019, da Câmara de Lisboa”, disse o presidente da autarquia, em entrevista à Renascença no recinto onde, por estes dias, decorre o Web Summit.

O aumento da taxa turística, de um para dois euros, servirá assim para ampliar o espaço de eventos, uma forma de financiar o projeto que permitirá à FIL, no Parque das Nações, acolher mais eventos de grande dimensão.

De acordo com o presidente da câmara de Lisboa, o aumento da taxa turística significa que a autarquia irá receber “mais cerca de 16 milhões de euros por ano em receitas do turismo”, parte do qual servirá, como adiantou, “para financiar investimento nesta infraestrutura [da FIL] – isto é, dar à cidade um equipamento maior, melhor, não só para acolher a Web Summit durante os dez anos, mas para poder acolher outros eventos de grande dimensão”.

Além do Web Summit que, este ano, trouxe à FIL cerca de 70 mil participantes entre empreendedores, startups, investidores e outros players do ecossistema, Fernando Medina deu como exemplos de atração para a “nova FIL” o congresso dos médicos “que tem um enorme impacto económico, porque não vem na época alta, movimenta dezenas de milhares de pessoas e é um circuito do qual estamos afastados, porque não temos instalações suficientes”, adiantou.

As primeiras obras de expansão da FIL deverão estar prontas já para a edição do Web Summit em 2019. A remodelação e ampliação do espaço foi uma das contrapartidas para câmara conseguir fechar o acordo com o Web Summit, que prevê que o evento continue por Lisboa até 2028.

O complexo da FIL pertence à Fundação AIP desde 2011, e inclui, além dos quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa — com um total de 40 mil metros quadrados de área –, a Praça Sony, nome que data da Expo 98. Além destes dois espaços, o Web Summit tem usado ainda o Altice Arena, antigo Pavilhão Atlântico, comprado pelo consórcio de Luís Montez, dono da produtora Música no Coração, e Álvaro Ramos, da Ritmos&Blues, em 2012. O Governo e a autarquia estarão alinhados com os dois proprietários privados para a remodelação do espaço pensada, segundo Fernando Medina, “não apenas para realizar o Web Summit como para atrair outros eventos internacionais” para um espaço que, até agora, não existe em Portugal. A ideia é que, no final das obras, o espaço disponível na FIL ronde os 90 mil metros quadrados.

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