António Costa fala em construção de uma relação de “grande confiança” com João Lourenço

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, com quem afirma estar a construir uma relação de grande confiança política.

O primeiro-ministro português, António Costa, durante a visita a Luanda, Angola, com o ministro dos Negócios Estrangeiros angolano, Manuel Augusto. EPA/AMPE ROGERIO

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta terça-feira, no segundo e último dia da sua visita oficial a Angola, com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, com quem afirma estar a construir uma relação de grande confiança política.

António Costa inicia o dia com uma visita ao Memorial de Agostinho Neto, onde deporá uma coroa de flores, faz uma intervenção num fórum empresarial luso-angolano e, depois, pelas 11:00, é recebido por João Lourenço com honras militares no Palácio Presidencial.

Aguardo esse encontro com uma grande expectativa. Conheci João Lourenço antes de ele ser Presidente da República de Angola, ainda na qualidade de candidato. Neste ano em que assumiu a Presidência da República de Angola, tive a oportunidade de estar três vezes com ele. Ao longo deste ano, penso que construímos uma relação de grande confiança”, declarou o primeiro-ministro aos jornalistas.

António Costa considerou já “completamente ultrapassado” o único obstáculo que existia nas relações entre Portugal e Angola e que se relacionava com o ‘irritante’, ou seja, com o processo judicial contra o antigo vice-presidente angolano Manuel Vicente.

A propósito deste caso com Manuel Vicente, que surgiu na sequência da decisão da justiça portuguesa de constituir como arguido o ex-vice-presidente de Angola, António Costa citou a tese do ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Domingos.

“Disse-me que há males que vêm por bem e que as dificuldades que passámos este ano ajudaram muito a reforçamos a confiança mútua. Agora que o ‘irritante’ desapareceu, penso que Portugal e Angola têm todas as condições para que a cooperação avance de uma forma que corresponda à responsabilidade que a nossa geração tem de se centrar no futuro”, sustentou.

Em relação ao programa do dia de hoje, o primeiro-ministro salientou que serão assinados vários acordos bilaterais que representam “um novo impulso nas relações entre os dois países“.

“Vamos assinar o Acordo Estratégico de Cooperação (2018/2022) e um conjunto de documentos importantes do ponto de vista económico para reforçar a confiança aos investidores angolanos em Portugal e aos portugueses em Angola. Vamos também fechar uma convenção para acabar com a dupla tributação, um acordo para o alargamento de mil para 1.500 milhões de euros da linha de crédito às exportações e um novo acordo aéreo para aumentar as ligações aéreas entre os dois países”, destacou ainda o líder do executivo português.

Antes de regressar a Lisboa, o primeiro-ministro desloca-se à Assembleia Nacional de Angola, visita a empresa Angonabeiro (do Grupo Delta) e a obra do Instituto Hematológico Pediátrico, construção que está a cargo da Mota-Engil e que envolve cerca de 38 milhões de dólares norte-americanos.

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