Governo angolano está a preparar novos subsídios para agricultura

O Executivo de João Lourenço está a preparar uma série de novos subsídios para os agricultores de modo a atrair e estimular o investimento privado, neste setor de atividade.

O Governo angolano está a preparar novos subsídios para os agricultores de modo a tornar este setor de atividade mais competitivo. Os apoios foram anunciados, esta quarta-feira, pelo diretor nacional da agricultura desse país, durante o Seminário Desenvolvimento Agro Sustentável, promovido pelo EuroBic, no âmbito da feira Agroglobal, em Santarém.

O diretor nacional da agricultura angolana e o ministro da agricultura português estiveram, esta quarta-feira, em Santarém.Paula Nunes / ECO

“Angola não subsidia nem subvenciona e é necessário mudar esse processo. Temos de subsidiar para sermos competitivos”, sublinhou José Carlos da Silva Bettencourt. Segundo o responsável, entre os apoios que estão a ser estudados pelo Executivo de João Lourenço, está um subsídio que deverá cobrir 45% dos custos dos combustíveis usados nesta atividade (e que deverá entrar em vigor já em outubro deste ano).

“Estamos a tentar reduzir os custos de produção para podermos atrair investimento para a agricultura”, notou também, nesse sentido, o governante. Além dos subsídios, Bettencourt salientou que o Executivo está a trabalhar na “consolidação” dos dados estatísticos sobre as explorações angolanas e no reforço das condições que facilitam o investimento privado (estrangeiro ou não) nesta atividade.

“Garanto que quem resolver investir em Angola, na agricultura, vai fazer dinheiro”, reforçou ainda o diretor, referindo que uma das preocupações do Governo de Lourenço é dinamizar este setor.

Na maior feira agrícola profissional de Portugal houve assim tempo para pensar além-fronteiras. Entre as muitas dezenas de stands das mais variadas marcas, os abundantes sacos coloridos com brindes e os chapéus de palha adornados com fitas de todas os tons, os laços luso-angolanos foram sendo discutidos durante mais de três horas, divididas entre dois painéis com empresários, especialistas e governantes.

Empresas angolanas e portuguesas reforçam elos

Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação encerrou seminário promovido pelo EuroBic.Paula Nunes / ECO

Da agricultura angolana para a lusitana, também o secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação fez questão de marcar presença no seminário em causa. Luís Medeiros Vieira elogiou a capacidade de superação e inovação deste setor nacional, reforçando que está hoje mais bem orientado para o mercado do que nunca.

“É um setor que está a trabalhar bem, porque os empresários acreditaram que era possível fazer melhor”, assinalou o governante. Já no que diz respeito às relações com os parceiros angolanos, Medeiros Vieira considerou que esses laços estão a viver “um momento de recuperação e reforço”. Esta cooperação deverá acontecer, segundo o secretário de Estado, a nível institucional, empresarial e comercial.

Por sua vez, o presidente da comissão executiva do EuroBic escolheu notar que o setor agrícola está a revelar “particular pujança”. Teixeira dos Santos explicou ainda que foi o dinamismo dos produtores que permitiu que o setor se tornasse tão inovador, nos último anos.

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