Empresas constituídas em Portugal aumentam 11,3% até julho

  • Lusa
  • 9 Agosto 2018

Outros serviços, hotelaria/restauração e construção e obras públicas foram os setores com maior peso nas novas constituições. As ações de insolvência também aumentaram até julho.

As novas empresas constituídas em Portugal aumentaram 11,3% nos primeiros sete meses do ano, para 27.809, face ao período homólogo, com destaque para a hotelaria e restauração, segundo um estudo da Crédito y Caución divulgado esta quinta-feira.

“Em julho foram constituídas 3.171 novas empresas, mais 112 em termos homólogos, o que representou um crescimento de 3,7% e no acumulado observa-se um aumento de 11,3%, para 27.809, face a igual período do ano passado”, refere o Iberyform Crédito y Caución, esclarecendo que os setores com maior peso nas novas constituições foram os outros serviços (47,7% do total), hotelaria/restauração (11,9%) e construção e obras públicas (9,5%).

as ações de insolvência registaram um aumento de 6,9% até julho, para 4.042, face a igual período do ano anterior, enquanto no mês de julho se observou um aumento de 28% do total das insolvências, para 499 empresas insolventes, mais 109 do que em idêntico período do ano passado.

O estudo refere também que até julho o número mais significativo de constituições de empresa em Portugal verificou-se no distrito de Lisboa, com 9.647 novas empresas (+18,2%).

O Porto ocupou o segundo lugar, com 4.981 novas constituições (+14,6%), seguido pelo distrito de Setúbal com 2.059 novas empresas (+20,8%), de Braga com 2.014 empresas (+7,5%), Faro com 1.596 empresas (+11,7%), Aveiro com 1.236 empresas (+1,5%), Leiria com 1.026 empresas (+6,2%), Coimbra com 740 empresas (+6,6%) e da Madeira com 653 empresas (+6%).

Já as descidas “mais significativas” registam-se nos distritos da Horta (-28,2%), Portalegre (-24,8%), Bragança (-17,2%), Beja (-14,6%), Santarém (-6,3%) e Castelo Branco (-1,1%).

O estudo destaca ainda que, até julho, as declarações de insolvência requeridas diminuíram 6,1% face ao ano anterior, enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas registaram uma diminuição de 4,4% e os encerramentos com plano de insolvência uma diminuição de 34,2% em relação ao ano passado.

Nos primeiros sete meses deste ano, prossegue o trabalho, apenas as declarações de insolvência (encerramento de processos) registaram um crescimento de 19,4%, na comparação com igual período do ano passado.

Por distritos, Lisboa e Porto são aqueles que apresentam um acumulado de insolvências mais elevado, de 1.113 e 901, respetivamente. Em relação a 2017, estes valores traduzem aumentos de 1,8% para Lisboa e 21,4% para o Porto, sendo que estes dois distritos representam 49,8% do total nacional.

Segundo o estudo, os aumentos “mais notórios” até julho verificaram-se nos distritos de Beja (130,8%), Angra do Heroísmo (116,7%), Guarda (67,7%), Castelo Branco (51,2%), Vila Real (40,5%) e Faro (40,4%).

Já as diminuições face ao mesmo período de 2017 verificaram-se em seis distritos: Madeira (-18%), Évora (-16%), Setúbal (-13,9%), Leiria (-11,5%), Viseu (-11,6%) e, por último, Viana do Castelo (-4,5%).

Por setores, até final de julho, só três apresentam um decréscimo de insolvências: telecomunicações (-33,3%), transportes (-7,2%) e hotelaria e restauração (-0,9%).

Os setores com aumentos mais significativos são a indústria extrativa (+140%), eletricidade, gás, água (+38,5%), agricultura, caça e pesca (+19,6%), comércio a retalho e por grosso (+9,3% e +12,9%, respetivamente) e o comércio de veículos (+9,2%).

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