Rendimento das famílias cresceu acima da Zona Euro oito anos desde 2000

O Eurostat divulgou esta terça-feira dados que permitem comparar a evolução do rendimento disponível das famílias em termos reais entre os vários países da União Europeia.

O rendimento disponível famílias portuguesas cresceu 2,9% em 2016, 1,8 vezes acima do acréscimo registado no espaço da Zona Euro, revelam dados publicados esta terça-feira pelo Eurostat. Desde 2000, o rendimento disponível das famílias portuguesas cresceu mais do que o das famílias do conjunto da Zona Euro oito vezes.

O Eurostat faz uma comparação de dados entre países para o rendimento disponível em termos reais. Ou seja, além de descontar aos salários brutos os impostos e contribuições para a Segurança Social também retira o efeito da variação dos preços (a inflação).

No gráfico abaixo é evidente o recuo no rendimento disponível das famílias nacionais nos anos do programa de ajustamento (2011 e 2012), altura em que a quebra foi bem mais acentuada do que a registada no conjunto do euro.

Em 2015 e 2016, o rendimento disponível das famílias portuguesas voltou a terreno positivo. Há três anos, o Governo de então liderado por Pedro Passos Coelho começou a devolver uma parte dos cortes nos salários da Função Pública, implementados durante o período da troika. No ano seguinte, em 2016, o Executivo liderado por António Costa continuou e acentuou o processo de devolução de rendimentos. Este período está igualmente associado a uma fase de baixa taxa de inflação.

Em termos reais, o rendimento disponível das famílias cresceu cerca de 16% na União Europeia entre 2000 e 2009. No seguimento da crise financeira, o rendimento das famílias decresceu 3% entre 2009 e 2013, tendo subido à volta de 5% entre 2013 e 2016. Desde 2000, o rendimento disponível aumentou cerca de 18%, uma média de 1% ao ano.

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