Teixeira Duarte com prejuízos de dois milhões. Câmbios pesaram nas contas do primeiro trimestre

Apesar dos prejuízos de 2.092 milhares de euros registados nos primeiros três meses do ano, a construtora conseguiu uma melhoria face aos 8.862 milhares verificados no período homólogo.

A Teixeira Duarte fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízos, mas mais curtos face ao ano passado. A construtora informou o mercado nesta terça-feira que nos primeiros três meses do ano, os seus prejuízos ascenderam a cerca de dois milhões de euros, um resultado que foi penalizado por efeitos cambiais desfavoráveis, mas que ainda assim ficam aquém do resultado negativo de mais de quase nove milhões de euros verificado no período homólogo.

De acordo com o seu relatório e contas publicado no site da CMVM, a Teixeira Duarte registou um prejuízo de 2.091 milhares de euros nos primeiros três meses deste ano, o que compara com um resultado negativo de 8.862 milhares de euros no primeiro trimestre de 2017.

O resultado da sua atividade nos diferentes mercados de atuação e os efeitos cambiais são os principais fatores que terão pesado nas contas da construtora. “Para além do impacto normal do desenvolvimento da atividade das entidades que integram o Grupo Teixeira Duarte nos seus diferentes mercados de atuação, este indicador foi também influenciado por diferenças de câmbio desfavoráveis”, justifica a Teixeira Duarte.

"Para além do impacto normal do desenvolvimento da atividade das entidades que integram o Grupo Teixeira Duarte nos seus diferentes mercados de atuação, este indicador foi também influenciado por diferenças de câmbio desfavoráveis.”

Relatório e Contas da Teixeira Duarte

A empresa salienta que essas diferenças “em março de 2018 foram negativas no valor de 35.027 milhares de euros, enquanto que, no período homólogo de 2017 haviam sido negativas em 5.518 milhares de euros”. Pela positiva, a Teixeira Duarte destaca o “impacto positivo da posição monetária líquida decorrente da aplicação da IAS 29 às empresas de Angola de 11.146 milhares de euros”.

No que respeita à atividade da empresa, esta salienta que o seu volume de negócios atingiu perto de 218,5 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, o que reflete uma diminuição de 3,8% face ao verificado no período homólogo.

No que respeita a Portugal, o grupo destaca como “muito positivo” o resultado alcançado, com um aumento de 34 milhões de euros no volume de vendas face ao alcançado no primeiro trimestre de 2017, para 67,8 milhões de euros. Um aumento que a Teixeira Duarte diz ser “devido ao bom desempenho conseguido no mercado privado da construção”.

Já o EBITDA do grupo registou um aumento de 22,7% face a março de 2017 para se fixar em 52.183 milhares de euros.

O balanço das contas relativas aos três primeiros meses do ano é revelado poucos dias depois de ser conhecido que a construtora alienou a totalidade do capital social da sociedade Lagoas Park a uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare. O valor final ainda não está apurado, diz a empresa, mas terá um impacto nos resultados do grupo de “cerca de 25 milhões de euros”.

A sociedade Lagoas Park “é proprietária de 13 edifícios de escritórios com cerca de 85.000 m² de espaços verdes, lagos e cascatas e mais de 5.000 lugares de estacionamento, 12 restaurantes, um hotel de 4 estrelas, um centro de congressos, um health club, parque de estacionamento público, um colégio e uma galeria comercial com serviços diversos”, explica ainda o comunicado. O empreendimento imobiliário situa-se em Porto Salvo, Oeiras.

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