China retalia EUA com novas tarifas e arrasta bolsas europeias

A China vai impor tarifas de 25% em 106 bens norte-americanos em retaliação às tarifas anunciadas por Trump. Em reação, as ações europeias já estão em queda.

A retaliação chinesa chegou e já começa a ter impacto nas bolsas europeias. A China anunciou novas tarifas de 25% que vão atingir 50 mil milhões de dólares de importações norte-americanas, segundo as autoridades chinesas. Esta é a resposta aos EUA depois de Donald Trump ter imposto tarifas a 1.300 produtos com origem na China. O principal índice europeu, o Stoxx 600, está a cair 0,78%.

É uma manhã pintada de vermelho na Europa. Tal como o PSI-20 que desvaloriza 0,4%, vários índices das capitais europeias estão em queda esta quarta-feira face à retaliação da China na guerra comercial com os Estados Unidos. O receio dos efeitos do protecionismo está a levar o Stoxx 600, o índice que tem as 600 maiores cotadas europeias, a registar uma queda de 0,78%.

Mas não é só na Europa que já se começa a sentir os efeitos dessa guerra comercial. Também a negociação dos futuros de Wall Street indica uma queda na bolsa norte-americana depois deste anúncio chinês, segundo a Reuters. Os futuros do Nasdaq, S&P 500 e o Dow Jones registam quedas entre 1% e 2%.

Depois de ameaçar, a China decidiu esta quarta-feira impor tarifas de 25% aos bens dos Estados Unidos, na mesma medida de 50 mil milhões de dólares. Os produtos afetados são a soja, os carros, os químicos, alguns tipos de aeronaves, produtos com milho, entre outros produtos agrícolas. O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças e pelo ministro da Economia esta quarta-feira.

Existirão ainda tarifas extra para produtos como o uísque, cigarros, tabaco, alguns tipos de bifes, lubrificantes e produtos de plástico, de acordo com a Reuters, aos quais ainda se junta sumo de laranja norte-americano, algodão e alguns tipos de trigo.

De um lado e do outro há números semelhantes: ambos países vão impor tarifas de 25% com impacto em importações que, com os números de 2017, chegam aos 50 mil milhões de dólares. Ao todo serão afetados 1.300 produtos chineses, mas norte-americanos apenas vão ser 106 produtos.

A consultora Wood Mackenzie estimou que o agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China — duas das principais economias mundiais — levaria a um abrandamento do crescimento económico mundial de 2,9% para 2,2% nos próximos quatro anos.

Entretanto, um porta-voz do Ministério dos Negócios estrangeiros chinês apelou, esta quarta-feira, apelou aos EUA que se sentem à mesa para discutir as disputas comerciais com Pequim.

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