CP admite “fortes perturbações” na 2.ª feira devido à greve da IP

  • Lusa
  • 30 Março 2018

A CP afirma que "não serão disponibilizados transportes alternativos" e recorda que não foram definidos serviços mínimos pelo tribunal arbitral.

A CP – Comboios de Portugal admite “fortes perturbações” na circulação ferroviária na próxima segunda-feira, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), para a qual não foram assegurados serviços mínimos e não serão disponibilizados transportes alternativos.

“Por motivo de greve convocada por diversas organizações sindicais da IP (gestor da infraestrutura ferroviária), a CP informa que se preveem supressões em todos os serviços no dia 2 de abril”, afirma a empresa num comunicado.

A CP afirma que “não serão disponibilizados transportes alternativos” e recorda que não foram definidos serviços mínimos pelo tribunal arbitral.

Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Regional que não se realizem, a CP vai permitir o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, para outro dia/comboio.

Os trabalhadores da IP mantêm a greve agendada para a próxima segunda-feira, após o Governo e os sindicatos não terem chegado a acordo.

Os trabalhadores da IP reivindicam aumentos salariais, congelados desde 2009, o desbloqueio das negociações e acusam ainda empresa de ter efetuado cortes salariais nos últimos anos.

Apesar de não adiantar valores, José Manuel Oliveira notou ainda que a proposta do Governo “ficou aquém” do esperado, sendo que os sindicatos já haviam reclamado aumentos salariais de 4%, com margem para negociação.

O tribunal arbitral decidiu hoje que a greve de 24 horas dos trabalhadores da IP, marcada para segunda-feira, não terá serviços mínimos para os comboios de passageiros, por ser um dia de paralisação e haver transportes alternativos.

Cerca de duas dezenas de representantes sindicais dos trabalhadores da IP manifestaram-se esta semana junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, para exigir a valorização dos salários e o desbloqueio das negociações.

“Aquilo que os trabalhadores reivindicam não é nada mais do que é praticado noutras empresas, nomeadamente no setor ferroviário temos o exemplo da CP e aquilo que estamos a solicitar é que haja um aumento intercalar dos salários dos trabalhadores”, acrescentou.

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