Chiado BOOKS: a pegada internacional

  • ECO + CHIADO BOOKS
  • 26 Março 2018

À medida que crescia em Portugal, a CHIADO BOOKS virava os seus olhos para o Atlântico e, do outro lado, chegava um chamamento determinante na sua história: o Brasil.

Em 2012, a CHIADO BOOKS publicava cerca de 300 novos títulos anuais em Portugal. Ao lado, em Espanha, a sua chancela para a Língua Castelhana dava os seus primeiros passos, fechando o ano com 100 novas obras publicadas. Mas seria no Brasil, pouco tempo depois, que a CHIADO BOOKS daria um passo central no seu crescimento: “Por essa altura, publicávamos já autores de praticamente todos os território da Língua Portuguesa, embora Portugal representasse naturalmente mais de 80%. Tínhamos já a visão de que o organizaríamos a nossa operação por línguas, mais do que por territórios, mas a entrada no Brasil deu-se um pouco mais cedo do que antecipávamos. Começámos a receber cada vez mais originais de autores brasileiros. Explicávamos que éramos uma editora portuguesa, sem presença no Brasil mas mesmo assim queriam publicar connosco.

Numa primeira fase, apressámo-nos a estabelecer contratos de distribuição com duas grandes redes brasileiras e todo o trabalho com os autores e livrarias era conduzido à distância, a partir do nosso escritório de Lisboa. As solicitações cresceram tanto que tornaram inadiável o próximo passo. Instalámos um escritório brasileiro da CHIADO BOOKS em São Paulo, para o qual recrutámos uma equipa exclusivamente dedicada ao trabalho com os nossos livros brasileiros. Começámos com três colaboradoras, que tiveram três meses em formação com a equipa de Lisboa e hoje temos todos os departamentos em pleno funcionamento lá, numa operação autónoma que se prepara para ultrapassar o volume de vendas de Portugal.”

O meteórico crescimento no Brasil contribui de forma decisiva no sucesso da CHIADO BOOKS, representando já perto de 50% deste seu catálogo. No último ano foram cerca de 500 os novos títulos que publicou no mercado brasileiro e a tendência, afirma Gonçalo Martins, é de continuar a crescer a dois dígitos ao ano naquele país. “O Brasil recebeu muito bem as nossas ideias e o nosso posicionamento. Porventura, até de forma menos conservadora do que em Portugal. É um país em que a cultura é encarada como algo vital, vibrante, directamente ligada à vida e ao pensamento das pessoas e não como algo sacro que tem o seu lugar num qualquer altar silencioso e distante. As livrarias estão cheias e têm uma oferta extraordinariamente eclética.

Apesar dos conhecidos e históricos problemas no campo da educação, existe uma multidão de leitores vorazes para praticamente todos os géneros e uma abertura de espírito muito grande para a descoberta de novos autores e produtos menos ‘mainstream’”.

"O meteórico crescimento no Brasil contribui de forma decisiva no sucesso da CHIADO BOOKS, representando já perto de 50% deste seu catálogo. No último ano foram cerca de 500 os novos títulos que publicou no mercado brasileiro e a tendência é de continuar a crescer a dois dígitos ao ano naquele país.”

Gonçalo Martins, CEO Chiado Books

E se o Brasil é hoje o segundo território da CHIADO BOOKS em termos de vendas e publicações, a restante América do Sul parece seguir-lhe os passos na sua operação em Língua Castelhana. À semelhança do que aconteceu com a pequena editora lisboeta, a sua chancela para a Língua Espanhola começou receber nos escritórios de Madrid e Barcelona progressivamente mais originais de Autores da América Latina. Uma vez mais, a vocação atlântica da CHIADO era chamada a responder rápida e decididamente.

No catálogo da CHIADO BOOKS em Língua Castelhana contam-se já Autores de todas as nacionalidades Latino-Americanas, que representam já metade do catálogo publicado nos últimos doze meses. “À semelhança do que aconteceu com Portugal e Brasil, começámos por publicar alguns autores sul-americanos a partir de Espanha e rapidamente tivemos que estabelecer acordos locais com livrarias e outros Parceiros nas principais cidades da América Latina. Hoje, o território da nossa operação em língua castelhana já não se reduz a Espanha mas a todos os países que falam a Língua. O futuro passa pela descentralização da operação e instalação de escritórios em cada um desses países, à semelhança do que aconteceu com o Brasil.”, afirma Gonçalo Martins.

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