Eduardo Cabrita: “Temos de estar preparados para os riscos do próximo verão”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Março 2018

O ministro da Administração Interna garantiu que a atenção do Governo está concentrada da prevenção dos riscos do próximo verão, tendo em conta as recomendações da Comissão Técnica Independente.

Após a entrega do relatório da Comissão Técnica Independente relativo aos incêndios da região centro, Eduardo Cabrita veio reforçar que a prevenção é uma das grandes prioridades do Governo para a próxima época de risco, sendo necessário aumentar a “consciência coletiva que existe agora na sociedade portuguesa”.

Em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, o ministro da Administração Interna apontou “três causas profundas” e que vão merecer a atenção do Governo a médio e longo prazo: “o combate aos efeitos das alterações climáticas, a reordenação do território e as medidas de valorização económica e social das regiões do interior”.

Ainda assim, “o que se possa adotar nestes três planos não tem um impacto profundo naquilo que é a maior preocupação da sociedade civil: como estar preparado para responder aos riscos do próximo verão.” Para tal, Eduardo Cabrita afirmou que o Governo está a atuar “intensamente” com várias entidades para construir uma “resposta adequada”, apontando ainda que a profissionalização do sistema e a ampliação das equipas de operacionais já está em curso.

“As estruturas profissionais de bombeiros chegarão a todos os concelhos que foram identificados como área de risco prioritário”, garantiu o ministro. “Já estão adjudicados mais de uma centena de equipamentos pesados e de transporte que permitirão à estrutura de resposta imediata uma intervenção no impacto inicial e no ataque ampliado”, avançou ainda, juntando-se o reforço da equipa de sapadores em 500 elementos e da equipa da GNR.

“A prioridade é concentrar a atenção na prevenção e se há elemento novo que tem marcado os últimos meses é a prioridade absoluta que tem sido dado por todos à prevenção de incêndios florestais. Existe agora uma consciência coletiva na sociedade portuguesa“, concluiu o ministro.

A Comissão Técnica Independente sobre os incêndios concluiu que falhou a capacidade de “previsão e de programação” para “minimizar a extensão do incêndio” na região centro, que fez 48 mortos. “Era possível encontrar soluções prévias de programação e de previsão que pudessem ter amenizado o que foi a expansão do incêndio”, afirmou João Guerreiro, o presidente da comissão, em declarações aos jornalistas, no parlamento.

Em relação ao relatório, o ministro afirmou que ainda não foi possível fazer uma “análise plena”, sendo que o documento foi entregue esta terça-feira. No entanto, o Governo “vai ter a oportunidade” de o analisar e de “iniciar o debate sobre este tema no parlamento, na próxima semana”.

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