Morreu o costureiro francês Hubert de Givenchy

  • Lusa
  • 12 Março 2018

Estilo de Givenchy esteve desde sempre associado à imagem de atrizes como Audrey Hepburn e Laureen Bacall, Grace Kelly, como atriz e como princesa do Mónaco, ou Jacqueline Kennedy-Onassis.

O costureiro francês Hubert de Givenchy, fundador da casa com o seu próprio nome, morreu no sábado, aos 91 anos, noticiaram os órgãos franceses de comunicação social, citando um comunicado da família.

“‘Monsieur De Givenchy’ morreu durante o sono, na noite de sábado, 10 de março de 2018”, informa o comunicado assinado pelos sobrinhos do costureiro. “As cerimónias fúnebres celebrar-se-ão na intimidade mais estrita”, conclui a informação da família.

Nascido em 1927, Hubert Taffin de Givenchy fundou a sua casa de alta-costura aos 25 anos, em 1952, altura em que realizou o primeiro desfile, na capital francesa. Manteve a direção criativa até 1995, cultivando um estilo desde sempre associado à imagem de atrizes como Audrey Hepburn e Laureen Bacall, Grace Kelly, como atriz e como princesa do Mónaco, ou Jacqueline Kennedy-Onassis.

O vestido negro concebido por Givenchy para Audrey Hepburn, na adaptação ao cinema da novela de Truman Capote “Breakfast at Tiffany’s” (“Boneca de Luxo”), de Blake Edwards, tornou-se num símbolo de elegância e da casa de alta-costura francesa.

A imagem de Givenchy encontrou reforço nos figurinos concebidos para cinema, nas décadas de 1950 e 1960, em filmes como “Funny Face/Cinderela em Paris” e “Charade”, de Stanley Donen, “Bom dia, Tristeza”, de Otto Preminger, “O Tesouro de África”, de John Huston, “Sabrina” e “Ariane”, de Billy Wilder, protagonizados por atrizes como Audrey Hepburn, em particular, mas também Jean Seberg e Deborah Kerr.

Ao longo de mais de 40 anos, até ao seu afastamento da atividade, em 1995 — e mesmo depois da venda da casa ao grupo de luxo LVMH, em 1988 — Hubert de Givenchy dirigiu as coleções com o seu nome, construindo “um lugar à parte” na moda, primeiro, e na cosmética, mais tarde, como destaca o grupo.

Givenchy tinha “duas qualidades raras”, era “inovador e intemporal”, disse hoje o presidente do grupo LVMH, Bernard Arnault, citado pela agência France Presse, numa reação à morte do costureiro. O grupo LVMH detém a Louis Vuitton, entre outras marcas de luxo.

A Casa Givenchy, que mantém online a próxima coleção primavera-verão, prestou igualmente homenagem ao seu fundador, saudando “uma personalidade incontornável no mundo da alta-costura francesa, símbolo da elegância parisiense durante mais de meio século”.

“A sua abordagem da moda e a sua influência perduram”, escreve a casa Givenchy. “A sua obra permanece pertinente, hoje, como outrora”.

Uma retrospetiva das coleções de Hubert de Givenchy foi feita no ano passado, em França, assinalando os 65 anos da fundação da casa de alta-costura.

O Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, detém exemplares de Givenchy, no seu acervo de alta-costura, entre os quais um vestido de ‘cocktail’, com uma túnica negra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Morreu o costureiro francês Hubert de Givenchy

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião