Depois do comunicado e da entrevista, Isabel dos Santos defende-se nas redes sociais

  • ECO
  • 5 Março 2018

Emitiu um comunicado, deu uma entrevista, mas continua a defender-se das acusações feitas pelo presidente da Sonangol à sua gestão. Isabel dos Santos usa as redes sociais para dizer "a verdade".

Isabel dos Santos foi exonerada da liderança da petrolífera estatal angolana. A empresária, filha do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, tem, desde então, sido alvo de acusações por parte do seu sucessor na Sonangol. Acusações que rejeitou em comunicado, através de uma entrevista ao Jornal de Negócios, mas agora também através das redes sociais, com “cartazes”, mas também com vídeos.

Uma das acusações prende-se com os gastos feitos por Isabel dos Santos no período em que liderou a Sonangol. Em comunicado, a empresária angolana tinha já desmentido a existência de “gastos excedentários e esbanjamento em consultores” ao afirmar que “o Conselho de Administração que presidiu foi o que menos gastou em consultoria na Sonangol nos últimos cinco anos”.

“Ao contrário das suas afirmações aqui vão os factos:

  • Em 2014 a Sonangol gastou 254 milhões de dólares com consultoria;
  • Em 2015 a Sonangol gastou 115 milhões de dólares com consultoria;
  • O custo de consultoria em 2016 foi: 79,7 milhões de dólares;
  • O custo de consultoria em 2017 foi: 90,5 milhões de dólares”

Perante estes números, rematou: o Conselho de Administração “a que presidi reduziu para cerca de metade os custos com consultoria comparativamente à média anual no período 2013-2015”. E reiterou essa afirmação com um “cartaz” publicado tanto na sua conta de Twitter como na página de Facebook.

Além do comunicado, bem como do “cartaz”, fez ainda um vídeo de 44 segundos em que a empresária responde a Carlos Saturnino, o seu sucessor na petrolífera estatal angolana. Diz que se trata de uma “mentira chocante”.

Sob o lema #falarverdade, Isabel dos Santos reagiu também à acusação de que terá feito transferências indevidas de cerca de 38 milhões de dólares já depois de ser anunciada a sua exoneração da Sonangol. “A nomeação do novo Conselho de Administração aconteceu a 16 de novembro de 2017, tendo as reuniões de passagem de pasta começado nesse dia. Não existem instruções de pagamentos, ou outras instruções com data posterior a 15 de novembro de 2017″, afirmou em comunicado. E fez o mesmo com um outro “cartaz” no Twitter.

Mas não se fica por aqui. Responde também nas redes sociais às acusações relativamente aos salários. “Afirmar que cada um dos administradores do conselho de administração anterior, recebeu, pelos 17,5 meses que esteve em funções, um total de 145 salários é falso, difamatório e calunioso”, afirma Isabel dos Santos. E mostra as folhas de salário no vídeo publicado no Facebook, afirmando que são a prova de que as acusações que lhe fazem são falsas.

“É uma aberração afirmar que uma transação financeira ou pagamento que está registado em SAP está escondida! Se a nova administração viu estes registos de pagamentos de salários no SAP, que é o computador que faz o registo da contabilidade da empresa, quer dizer de facto que nada estava escondido, e pelo contrário que estavam sim registados todos pagamentos de salários”, conclui.

 

 

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