O BI dos países que compram mais produtos a Portugal

  • ECO
  • 14 Novembro 2017

No momento de um empresa se internacionalizar, nada melhor que antecipar os trabalhos de pesquisa. O Portugal Exportador 2017 pode ajudá-lo a descobrir novos mercados. É dia 22, na Junqueira.

Quando se fala de exportações, o destino é um dos aspetos mais importantes do planeamento. Diferentes mercados e diferentes continentes significam diferentes regras e costumes. Assim, no momento de uma empresa se internacionalizar, nada melhor que antecipar os trabalhos de pesquisa.

Em vésperas da 12ª Edição do Portugal Exportador, que se realiza dia 22 de novembro, a partir das 9h00, o Centro de Congressos de Lisboa (Junqueira), o ECO reúne dicas para alguns mercados. O Portugal Exportador 2017 – que tem o ECO e a TVI24 como parceiros de media – é organizado pelo Novo Banco, Aicep e Fundação AIP e visa ajudar as empresa a descobrir novos mercados, sobretudo, tendo em conta que a balança comercial portuguesa está desequilibrada e o défice atinge os dez mil milhões desde o início do ano.

A AICEP agrega as principais características dos recetores de produtos nacionais, para que os novos exploradores não fiquem abandonados em território não desbravado. Então, de que são feitos os principais importadores nacionais, o que preferem e que cuidados exigem?

China

  • Produto Interno Bruto: 11,2 biliões de dólares
  • Inflação: 2,1%

Em 2016, o volume de exportações de Portugal para a China foi de 676,2 milhões de euros, sendo que são 3.109 as empresas portuguesas que fazem negócio em território chinês. E quais são os produtos portugueses que os chineses gostam mais? Em primeiro lugar estão os veículos e outros materiais de transporte, que totalizam 22,1% do volume de exportações, seguindo-se os minerais e minérios (13,6%) e as pastas celulósicas e papel (13,6%).

Existem oito tipos de vistos na China, um para cada tipo de utilização, sendo que todos os visitantes têm de ser portadores de passaporte (com validade mínima de seis meses para além da data do fim da viagem) e de um visto de entrada. A moeda chinesa é o Renminbi e a hora local corresponde ao fuso UCT/GMT mais oito horas, decrescendo uma hora no horário de verão.

A AICEP chama à atenção para as frequentes dificuldades de compreensão e aceitação da maneira chinesa de fazer negócios, sendo que a matriz filosófica, religiosa e política na China é muito distinta da cultura ocidental. Aconselha-se a sobriedade e a transparência, a pontualidade e a atenção na altura de fazer negócio: nunca viaje sozinho, pois os chineses negoceiam sempre em grupo, e tenha paciência na hora da negociação.

Estados Unidos da América

Estados Unidos da América
  • Produto Interno Bruto: 18,6 biliões de dólares
  • Inflação: 1,3%

Foram 1.381 empresas as que ‘viveram o sonho americano’ de exportar os seus produtos para os Estados Unidos da América em 2016. Estes negócios totalizaram um volume de exportações de 2,4 mil milhões de euros. Os produtos portugueses que têm mais sucesso na maior economia mundial são os combustíveis minerais (21,5% do total de exportações), os químicos (12%) e as máquinas e aparelhos (9%).

Para quem fique no país por 90 dias ou menos não é necessário nenhum visto, sendo que os viajantes só têm de preencher o ESTA — Sistema Eletrónico para Autorização de Viagem — até três dias antes da viagem e ser portadores de um passaporte válido. A moeda nacional é o Dólar e a hora local depende da área do país em que se encontra, visto que existem seis fusos horários que diferem entre as cinco (Nova Iorque) e oito horas (São Francisco) a menos para a hora de Lisboa.

Sendo este o maior e mais competitivo mercado do mundo, existem várias recomendações a ter em consideração, nomeadamente um conhecimento suficiente da considerável regulamentação que legisla, restringe ou proíbe a entrada de produtos, mercadorias ou serviços no país. É, no entanto, um mercado aberto e recetivo à inovação, criatividade e originalidade.

Canadá

Canadá
  • Produto Interno Bruto: 1,5 biliões de dólares
  • Inflação: 1,4%

Os negócios do Canadá acrescentaram 281,3 milhões de euros à pasta das exportações no ano de 2016, com 1.507 empresas a exportarem para este país. Os produtos alimentares são os mais populares no Canadá, totalizando 20,3% das exportações, seguindo-se as matérias têxteis (11,6%) e os químicos (9,8%).

Os cidadãos portugueses com passaporte que visitam o Canadá e ficam no território durante seis meses não precisam de pedir visto, contudo os serviços de fronteiras estabelecem a entrada o período de estada máxima. A moeda local é o Dólar canadiano e a hora local também depende da área em que se encontra, visto que, como nos EUA, existem seis fusos horários que diferem entre as três horas e meia (Newfoundland) e oito horas (British Columbia) a menos para a hora de Lisboa.

O Canadá é um país multicultural, em que convivem pessoas de todas as partes do mundo. Assim, poderá ser útil conhecer vários costumes culturais, bem como várias línguas — como é um país bilingue, o esforço por falar francês no Québec é muito apreciado. Na base da cultura de negócio estão os valores anglo-saxónicos de respeito e confiança no cumprimentos dos direitos e responsabilidade. A pontualidade não pode ser deixada em Portugal.

Marrocos

  • Produto Interno Bruto: 10,3 mil milhões de dólares
  • Inflação: 1,6%

A ligação entre Marrocos e Portugal nas exportações fazem-se através de 1.307 empresas, com os negócios a contabilizarem 711,9 milhões de euros do total. Cerca de 40% das importações marroquinas de origem portuguesa são de combustíveis minerais, seguindo-se metais comuns (15,9%) e as máquinas e aparelhos (9,6%).

Viagens de turismo de até 90 dias não necessitam de visto, com os cidadãos a terem apenas de apresentar um passaporte válido. A moeda marroquina é o Dinar e a hora local é exatamente a mesma que a portuguesa, tanto no verão como no inverno.

Marrocos é um dos mercados mais maduros do continente africano e um dos mais atrativos polos de investimento na região. O francês é a língua de negociação predileta, por isso aconselha-se a utilização de costumes franceses como o tratamento formal ou a aparência. As negociações são demoradas, por isso a paciência é uma virtude, e os assuntos tabu devem ser evitados.

Argentina

  • Produto Interno Bruto: 54 mil milhões de dólares
  • Inflação: 58,4%

Sendo um dos países com taxa de inflação mais elevada do continente americano, a Argentina serve de destino para as exportações de 247 empresas portuguesas. Os negócios para este país acrescentaram 83,2 milhões de euros à pasta das exportações no ano de 2016, sendo que os produtos que os argentinos mais importam de Portugal são os combustíveis minerais (34,4%), a madeira e cortiça (16,5%) e as máquinas e aparelhos (10,8%).

Permanências de 90 dias ou menos não necessitam de nenhum visto, sendo que os viajantes só têm de ser portadores de um passaporte válido. As regras de controlo são mais restritas no que diz respeito à entrada de animais (necessitando de autorização prévia) e produtos como alimentos, artigos inflamáveis e narcóticos. A moeda é o Peso argentino, mas os pagamentos em moeda norte-americana são aceites em muitas partes do país. A hora local respeita o fuso horário UTC/GMT -3 horas, o que implica uma diferença horária de menos quatro horas em relação a Portugal, durante os meses de abril a outubro, e de menos três horas durante os meses de novembro a março, uma vez que não ocorre mudança horária na Argentina.

A AICEP considera a Argentina um mercado complexo que exige enfrentar desafios, nem sempre fáceis. Para perseguir o sucesso em território argentino a recolha prévia de informação junto dos organismos competentes sobre os parceiros e as metodologias utilizadas. A resiliência e a disponibilidade para superar os momentos menos favoráveis são ferramentas para sobreviver neste mercado. Mas em quais é que não são necessárias?

Estes e outros mercados vão estar em análise na conferência Portugal Exportador 2017 — que tem o ECO e a TVI24 como parceiros de media. A abrir estará o ministro da Economia, Caldeira Cabral, e a última intervenção caberá ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Tudo para

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