Rui Rio: “O PSD não é um partido de direita”

Rui Rio é oficialmente candidato à presidência do PSD. O anúncio aconteceu esta quarta-feira, em Aveiro. Rio diz que "este terá que ser o princípio do fim desta coligação parlamentar" que nos governa.

É oficial. Rui Rio, ex-presidente da Câmara do Porto, é candidato a presidente do PSD, procurando suceder a Pedro Passos Coelho.

“Hoje estou disponível, neste tempo próprio, para estar com os dois pés no PSD e no país. Decidi, por isso, ser candidato a presidente do Partido Social Democrata, nas próximas eleições internas de janeiro”, afirmou Rui Rio, na tarde desta quarta-feira, em Aveiro perante uma plateia de cerca de 200 apoiantes social-democratas.

Num discurso com perto de 18 minutos, o agora candidato social-democrata respondeu aqueles que olham para o PSD como um partido de direita.

"Para o PSD este será o primeiro dia da sua caminhada para a reconciliação com os portugueses. Mas para Portugal, este terá de ser, acima de tudo, o principio do fim desta coligação parlamentar que hoje, periclitantemente, nos governa.”

Rui Rio

Candidato à liderança do PSD

O PSD não é um partido de direita. O PPD que Sá Carneiro, Francisco Balsemão e tantos outros, fundaram com raízes profundas na nossa classe média e transversal a toda a sociedade é um partido do centro; que vai do centro direita ao centro esquerda”, referiu para logo a seguir acrescentar: “Somos sociais-democratas”.

Rio alertou para a necessidade de mudar de política e aproveitou o ensejo para atirar críticas ao atual governo.

“Para o PSD este será o primeiro dia da sua caminhada para a reconciliação com os portugueses. Mas para Portugal, este terá de ser, acima de tudo, o principio do fim desta coligação parlamentar que hoje, periclitantemente, nos governa”.

Tudo na vida tem o seu tempo. Hoje o meu tempo, é o tempo de me dedicar a servir o PSD, num dos momentos mais difíceis da sua história

Rui Rio

Candidato à liderança do PSD

Para isso frisou: “temos de mudar de política. Temos de olhar mais para o futuro do que para o presente“. Nesse sentido “só um PSD com novas formas de funcionamento, bem mais perto das pessoas, mais aberto à sociedade e umbilicalmente ligado ao quotidiano dos portugueses, é que pode voltar a ser a força politica liderante, capaz de levar Portugal a ultrapassar os constrangimentos estruturais que o condicionam; e que pelas contradições que em si encerra, esta coligação parlamentar que hoje nos governa, jamais será capaz de o fazer”.

Sobre o momento escolhido para se assumir como candidato, Rio evocou António Costa “palavra dada deve ser palavra honrada”, justificando assim que em momentos anteriores não tenha “abandonado” a Câmara do Porto para liderar o partido.

“Tudo na vida tem o seu tempo. Hoje o meu tempo, é o tempo de me dedicar a servir o PSD, num dos momentos mais difíceis da sua história”, justificou Rio.

O ex-presidente da Câmara do Porto disse ainda que seria mais cómodo: “não responder afirmativamente aos apelos que me fazem. Mas como sempre pensei, sempre disse, e sempre fiz, eu jamais defraudaria a esperança que tantos em mim depositam”.

O ex-líder do partido, Pedro Passos Coelho não foi também esquecido. “Este é também o momento certo para firmar uma palavra de respeito, de consideração e de gratidão ao Dr. Pedro Passos Coelho, pelos serviços que prestou ao Partido e ao país”.

Sobre Santana Lopes, e o anúncio deste a candidato ao PSD, nem uma palavra.

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