Governo vai proibir jogos de futebol em dias de eleições

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

A lei que proibirá a realização de eventos desportivos em dia de eleições não terá efeito imediato, com os quatro jogos de dia 1 de outubro a realizarem-se na mesma.

O Governo vai fazer aprovar uma lei para proibir a realização de jogos de futebol em dia de eleições, depois de a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ter marcado partidas em dia de eleições em três anos seguidos — nas legislativas de 2015, nas presidenciais de 2016 e, agora, nas autárquicas do próximo dia 1 de outubro. Ainda assim, esta não terá efeito nestas últimas.

A intenção do Governo, avançada nesta manhã de quinta-feira pelo Diário de Notícias (acesso livre), foi acompanhada de uma proposta apresentada à LPFP para a alteração das datas dos quatro jogos marcados para o dia das autárquicas, contudo, e justificando-se com o calendário apertado devido à participação dos três grandes nas competições europeias, a Liga afirmou que não ia mudar os jogos. Em causa estão as 72 horas de descanso obrigatório entre jogos, bem como “a obrigatoriedade de libertação de jogadores para as seleções nacionais, no dia 2 de outubro.”

Após analisar esta questão, a Comissão Nacional de Eleições reiterou que seria desaconselhável a realização de eventos como jogos de futebol no dia das eleições autárquicas porque podem potenciar a abstenção. Na mesma comunicação, a Comissão refere que “acresce que a manutenção das condições de tranquilidade pública no dia da eleição, que todos desejamos, recomenda que se evite estimular concentrações significativas de cidadãos, especialmente em ambiente de potencial conflitualidade”.

Entre os partidos, Pedro Passos Coelho desvalorizou a coincidência, afirmando que tem os portugueses “numa conta bastante mais elevada do que às vezes se parece poder extrair das enormes preocupações que outros políticos vêm trazendo para o espaço público” e que estes “não deixarão de votar”. Para o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português a sobreposição não será “a mais recomendável” ou “desejável”, mas, para Jerónimo de Sousa, “é preciso confiar nos portugueses“.

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