Comandante proteção civil: Falhas do SIRESP “são pontuais”

  • Lusa
  • 25 Julho 2017

As “falhas momentâneas” acontecem sempre que há uma grande concentração de utilizadores e repetiram-se agora em Castelo Branco, confirma. Isto quando a área de floresta ardida já é a maior da década.

O comandante operacional nacional da Proteção Civil disse esta terça-feira que as interrupções na rede SIRESP “são pontuais” e “não se prolongam no tempo”, estando a ser superadas com as antenas móveis e Rede Operacional dos Bombeiros.

Quando falamos de interrupções, elas são pontuais, não se prolongam no tempo (…). É evidente que está identificado por todos essa questão e tem alguns constrangimentos”, afirmou Rui Esteves, na conferência de imprensa realizada após a reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, que se realiza às terças-feiras e reúne todas as entidades envolvidas no sistema de proteção civil.

O comandante adiantou que o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP) tem “falhas momentâneas” sempre que há uma grande concentração de utilizadores. Na segunda-feira, durante o combate aos incêndios do distrito de Castelo Branco, estavam concentrados 1.500 operacionais e “houve efetivamente algumas interrupções”, sublinhou.

O mesmo responsável explicou que “essas falhas estão a ser superadas com as antenas móveis” que permitem a ligação ao sistema SIRESP, estando, neste momento, uma no incêndio do concelho de Vila Velha do Ródão e a outra em Proença-a-Nova. Rui Esteves garantiu que, “logo que foi identificado pela rede SIRESP que havia falhas, foi deslocalizada uma segunda estação móvel, porque uma primeira já se encontrava no local”.

O comandante disse também que “sempre que se inicia uma ocorrência é determinado aos operacionais” que utilizam o canal alternativo da Rede Operacional dos Bombeiros (ROB) “para não concentrar as comunicações só no SIRESP”. Rui Esteves esclareceu ainda que “as ordens são dadas por quem está no terreno” e não por Lisboa.

A decisão é de “quem comanda a operação está no terreno. Ninguém tem uma varinha mágica para comandar um incêndio a partir de Lisboa, aqui define-se a direção estratégica da operação, isto é, sempre que um comandante distrital solicita meios, criamos condições para alocar os meios necessários”, frisou.

Entretanto, já arderam 75.264 hectares

Os incêndios florestais já consumiram este ano 75.264 hectares de florestas, a maior área ardida da última década, anunciou hoje a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), informando que já foram detidas 64 pessoas desde janeiro.

Em conferência de imprensa, o comandante operacional nacional da Proteção Civil, Rui Esteves, adiantou que, entre 1 de janeiro e 24 de julho, deflagraram 7.795 incêndios florestais, que consumiram um total de 75.264 hectares. Rui Esteves afirmou que a média do número de ocorrências de fogo e de área ardida é “muito superior” ao decénio de 2007 a 2016. O comandante disse também que, desde do início do ano, a GNR deteve 25 pessoas e a Polícia Judiciária 39.

Na conferência de imprensa, Rui Esteves fez também um balanço da atividade operacional da semana entre 16 a 24 julho, tendo-se registado 774 incêndios, que foram combatidos por 27.793 operacionais e 7.387 veículos, além de se terem realizado 555 missões com meios aéreos. Durante a última semana, os distritos mais fustigados pelos fogos foram Guarda, Vila Real, Viseu, Bragança e Castelo Brando. O comandante disse ainda que os maiores incêndios, entre 16 e 24 julho, deflagraram nos concelhos de Alijó (Vila Real), Mangualde (Viseu) e Guarda.

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