Wells Fargo encerra caso das contas falsas por 142 milhões de dólares

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Julho 2017

A Justiça norte-americana aprovou o acordo proposto pelo banco que se efetiva no pagamento de 142 milhões de dólares em indemnizações aos clientes afetados pelo caso das contas falsas.

O caso das contas fantasma do Wells Fargo, que ditou a queda do seu presidente executivo, poderá estar a chegar ao fim. O banco comunicou esta segunda-feira que a Justiça norte-americana emitiu uma primeira aprovação às condições de acordo propostas, que incluem o pagamento de 142 milhões de dólares em indemnizações.

Num comunicado divulgado no site oficial do Wells Fargo, pode ler-se que, a partir de agora, o banco irá notificar clientes afetados pelo esquema de abertura de contas e cartões de crédito sem estes o requisitarem e informá-los sobre os próximos passos a dar.

“Estamos satisfeitos por o tribunal ter considerado o acordo justo, razoável e adequado. Esta primeira aprovação é um marco nos nossos esforços para resolver tudo com os nossos clientes”, considera Tim Sloan, agora presidente executivo do banco, no comunicado. “Estes esforços são fundamentais para restaurar a confiança dos clientes e construir um melhor Wells Fargo para o futuro.”

O banco espera também que, com este acordo, todas as acusações firmadas nos outros dez processos instaurados contra este sejam resolvidas. Estima-se que tenham sido 2,1 milhões as contas abertas sem indicação dos seus clientes, incluindo-se não só contas à ordem, mas também poupanças, cartões de crédito e linhas de crédito, entre 2002 e 2017.

"Estes esforços são fundamentais para restaurar a confiança dos clientes e construir um melhor Wells Fargo para o futuro.”

Tim Sloan

Presidente executivo do Wells Fargo

Depois de ter sido obrigado a devolver mais de 41 milhões de dólares em ações e de ter abdicado do seu salário enquanto decorria uma investigação às más práticas no banco, John Stumpf deixou os cargos de presidente executivo e chairman do Wells Fargo. Este conduziu o banco com sucesso ao longo da crise financeira e ajudou a tornar-se o banco mais valioso do mundo. Foi substituído por Tim Sloan, que nessa altura ocupava a função de diretor operacional.

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