“Crescente concorrência” obriga a corte do spread da casa no Banco CTT

O Banco CTT justifica a revisão em baixa, para 1,3%, do spread que oferece na concessão de crédito à habitação, com a pressão da concorrência desde que lançou a sua oferta nesse segmento em janeiro.

Menos de cinco meses depois de se estrear na concessão de crédito à habitação, o Banco CTT acaba de rever em baixa o spread oferecido. Quem quiser contrair um empréstimo para comprar casa através daquele banco, passa a contar com um spread desde 1,3%, abaixo dos 1,75% anteriores. O banco justifica essa revisão num intervalo de tempo tão curto face à sua estreia nesse segmento, com a “crescente competitividade”.

“O mercado do crédito à habitação está hoje mais competitivo do que quando o Banco CTT apresentou a sua oferta em janeiro, em virtude de revisões de oferta entretanto realizadas pelos principais concorrentes. É neste contexto de crescente competitividade que o Banco CTT apresenta esta revisão da oferta”, justificou fonte oficial da instituição financeira ao ECO.

“O Banco CTT tem sido consultado por um elevado número de portugueses que querem comprar ou trocar de casa, e quer, num contexto de crescente intensidade competitiva, continuar a apresentar uma proposta transparente que garanta, no geral, um valor mais baixo do que o cobrado pelos restantes bancos”, acrescenta a instituição.

O mercado do crédito à habitação está hoje mais competitivo do que quando o Banco CTT apresentou a sua oferta em janeiro, em virtude de revisões de oferta entretanto realizadas pelos principais concorrentes. É neste contexto de crescente competitividade que o Banco CTT apresenta esta revisão da oferta.

Banco CTT

Fonte oficial

Esta descida de spreads acontece um mês depois de outros três bancos também terem revisto em baixa as suas margens mínimas de spreads. Foi o que aconteceu com o Novo Banco, o BPI e o Banco Popular. Em maio, o Novo Banco cortou para 1,5% a sua margem mínima, ao mesmo tempo que o BPI e o Popular passaram a ter spreads mínimos de 1,75% e 1,70%, respetivamente, no mesmo mês. O spread que passa a estar em vigor no Banco CTT, fica agora apenas acima da margem mínima em vigor no Santander Totta e no Bankinter: 1,25%.

O aumento da nova concessão de empréstimos para a compra de casa é o espelho mais visível da crescente pressão competitiva entre os bancos para dar crédito. Os últimos dados do Banco de Portugal, indicam que no primeiro trimestre deste ano, a nova concessão de crédito à habitação atingiu máximos de sete anos. Nos três primeiros meses deste ano, os bancos nacionais disponibilizaram um total de 1,8 mil milhões de euros em empréstimos com essa finalidade.

A aceleração da concessão de crédito justificou recentemente um alerta do Banco de Portugal. No Relatório de Estabilidade Financeira divulgado na passada semana, a entidade liderada por Carlos Costa mostrou-se preocupada com eventuais facilitismos por parte dos bancos, alertando para a necessidade de uma melhor avaliação de critérios na concessão de crédito. O spread é um dos principais critérios contidos nessa avaliação.

“É fundamental que as instituições financeiras avaliem corretamente e de forma prospetiva o risco inerente aos novos fluxos de crédito, principalmente a capacidade de crédito dos mutuários para além do colateral dado em garantia”, disse o Banco de Portugal.

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