Maria Luís Albuquerque defende estudo aprofundado para evitar que Santa Casa seja prejudicada

  • Lusa
  • 5 Junho 2017

"Tentar ajudar qualquer instituição em prejuízo de outra que é também muito importante parece-me completamente irrazoável”, disse Maria Luís Albuquerque.

A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque defendeu esta segunda-feira em Madrid a realização de um estudo aprofundado ao Montepio, mas avisa que no caso de avançar, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não deve sair prejudicada do negócio.

Suponho que vá haver um estudo adequadamente aprofundado sobre a racionalidade desse investimento”, disse Maria Luís Albuquerque, sublinhando que desconhece se já há decisões tomadas.

"Suponho que vá haver um estudo adequadamente aprofundado sobre a racionalidade desse investimento.”

Maria Luís Albuquerque

Ex-ministra das Finanças

No fim de semana, o Expresso avançou que o Banco de Portugal está a pressionar a Santa Casa para entrar no Montepio e, Marques no seu comentário semanal na Sic disse que essa participação iria chegar aos 10%. O Jornal de Negócios adianta na sua edição de hoje que “estão a ser feitas diligências, com a ajuda de consultores”, para se perceber “como poderá ser feito um possível investimento na caixa económica e se o mesmo é favorável” à instituição presidida por Pedro Santana Lopes.

“Tentar ajudar qualquer instituição em prejuízo de outra que é também muito importante parece-me completamente irrazoável”, concluiu a ex-ministra das Finanças do Governo de Pedro Passos Coelho e atual vice-presidente do PSD, realçando que está a falar “em termos abstratos”, sem se referir especificamente sobre a situação no Montepio.

"Tentar ajudar qualquer instituição em prejuízo de outra que é também muito importante parece-me completamente irrazoável.”

Maria Luís Albuquerque

Ex-ministra das Finanças

Já a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou esta segunda-feira o Governo de opacidade na eventual entrada da Santa Casa de Lisboa no Montepio, sublinhando que se trata de dinheiro público e deve ser salvaguardado o interesse dos contribuintes. “Aquilo que sentimos é uma grande opacidade, falta de explicações dadas nesta matéria, além do mais, sem se explicar às pessoas que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa só no nome é que é semelhante às outras Santas Casas. A Santa Casa de Lisboa pertence ao Estado, pertence ao Ministério da Solidariedade”, disse.

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