Caldeira Cabral: “Demissão de Dijsselbloem é o melhor para a Europa”

  • Rita Atalaia
  • 25 Março 2017

O ministro da Economia português diz que o presidente do Eurogrupo perdeu as eleições e não "deve tentar culpar os outros pelas suas próprias falhas".

O ministro da Economia português diz que Jeroen Dijsselbloem deve abandonar a presidência do Eurogrupo. “É o melhor para a Europa”, defende Caldeira Cabral, depois de o responsável pelo grupo dos ministros das Finanças da Zona Euro ter dito que os países do sul da Europa, como Portugal, gastaram dinheiro em “bebidas e mulheres” durante o combate à crise das dívidas soberanas que afeta a região desde 2010.

A polémica em torno das declarações de Jeroen Dijsselbloem intensifica-se. Desde vez é Manuel Caldeira Cabral que vem defender a saída de Jeroen Dijsselbloem da liderança do grupo dos ministros das Finanças da Zona Euro. “Seria o melhor para a Europa e o melhor que poderia fazer”, refere o ministro da Economia português numa entrevista à Bloomberg. “Ele perdeu as eleições [na Holanda] e penso que não deve tentar culpar os outros pelas suas próprias falhas”, realça Caldeira Cabral.

Em causa está uma entrevista que Dijsselbloem concedeu ao Frankfurter Allgemeine Zeitung. Nomeadamente a parte em que o holandês sugeriu que os países que pediram ajuda financeira, casos de Portugal, Grécia, Espanha, depois de terem desperdiçado dinheiro em “bebidas e mulheres”. O ministro da Economia português diz que “não podemos deixar que o Eurogrupo seja dividido dessa forma e, por esse motivo, essa pessoa deve sair”.

António Costa também criticou duramente as declarações de Jeroen Dijsselbloem sobre os países do Sul da Europa. Diz que “numa Europa a sério, a esta hora Dijsselbloem já estava demitido”. O primeiro-ministro disse que “a Europa não se faz com Dijsselbloem’s”. Costa referiu-se ao atual presidente do Eurogrupo como um “lobo disfarçado de cordeiro”.

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