Fundo soberano norueguês trava aposta nos emergentes

  • Marta Santos Silva
  • 29 Setembro 2016

O maior fundo soberano do mundo está "confortável" com a sua participação próxima de 10% nas economias da China, da Índia e de Taiwan.

O fundo soberano norueguês, o maior fundo deste tipo no mundo, mantém alguma cautela perante os mercados emergentes. Depois de elevar a exposição para cerca de 10% do valor do fundo, e apesar dos retornos atrativos, afasta aumentar a aposta.

“Estamos confortáveis com a atual distribuição geográfica do fundo”, disse Egil Matsen, governador adjunto do banco central norueguês, que administra o fundo, citado pela Bloomberg.

Nos últimos quatro anos, o fundo que tem um património de mais de 793 mil milhões de euros tem aumentado a sua presença nos mercados emergentes, chegando a participações próximas de 10% nas principais dessas economias.

Egil Matsen recusou, no entanto, a possibilidade de vir a aumentar esses investimentos. “Há limites para este tipo de alocação”, afirmou numa entrevista que teve lugar em Bergen, na Noruega. De acordo com o relatório do segundo trimestre apresentado pelo fundo norueguês, 9,5% do capital do fundo estava em ações e 12,7% em dívida dos emergentes.

Apesar de apelos para que o fundo aumente o seu investimento nessas economias, que são indicadas como as melhores apostas numa altura em que os países da OCDE demonstram ser investimentos menos rentáveis, Matsen afirmou que o fundo não tem intenções imediatas de aumentar a sua participação nos mercados emergentes.

Um estudo encomendado pelo governo norueguês e recuperado pela Bloomberg demonstrou que as grandes oportunidades de investimento para o maior fundo soberano do mundo estão nas infraestruturas, no mercado imobiliário e em capital de risco nos países em desenvolvimento.

O relatório, da autoria do investigador Sony Kapoor do think tank Re-Define, descrevia as perspetivas dos investidores institucionais como “sombrias”, e sublinhava que os investimentos deveriam ser direcionados para “economias emergentes e em desenvolvimento de crescimento rápido”.

Editado por Paulo Moutinho.

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