Maré vermelha nas bolsas deixa Lisboa a cair 2%

Nova maré vermelha nas bolsas europeias e Lisboa não é exceção. PSI-20 cede 2% com Pharol a tombar mais de 10%. Wall Street também iniciou o dia em forte baixa.

Depois da pior semana em mais de um ano, as bolsas europeias continuam sob intensa pressão vendedora esta segunda-feira. Em Lisboa, o índice PSI-20 não escapa ao vermelho intenso: perde quase 2% com quase todas as cotadas abaixo da linha de água. Destaque para as ações da Pharol, que derrapam mais de 10%.

“Todos os mercados estão negativos, pressionados por Wall Street, dando continuidade ao mau momento do final de sexta-feira. A expectativa de que a inflação venha a subir está a pesar bastante e resta saber quando é que o BCE retirará os estímulos”, referiu João Travassos, gestor da Orey iTrade, citado pela agência Reuters.

“Hoje será um dia decisivo na Alemanha, depois das negociações terem falhado no domingo. Tudo indica que no final deste dia já tenhamos um acordo entre os partidos e o índice alemão Dax-30 é o que cai menos na Europa”, acrescentou o analista.

Em Lisboa, o principal índice caiu mais de 4,5% na semana passada no pior desempenho semanal em mais de um ano. Volta esta segunda-feira às quedas acentuadas: cede 1,94% para 5.410,00 pontos. Só a Corticeira Amorim escapa ao vendaval que está a varrer a bolsa: soma 1,6% para 10,16 euros. Todas as restantes cotadas estão no vermelho carregado.

É o caso da Pharol. As ações chegaram a tombar 10,76% para 0,1816 euros, marcando um novo mínimo desde dezembro de 2016, há mais de um ano. Este queda surge depois de na passada sexta-feira a operadora brasileira Oi ter cancelado uma assembleia geral extraordinária que estava marcada para esta quarta-feira a pedido da empresa portuguesa. A Pharol, que detém mais de 20% da Oi mas vai ver a sua posição reduzida na sequência do plano de reestruturação aprovada pelos credores, convocou a assembleia para discutir o estatuto social da operadora brasileira.

Nos pesos pesados, o sentimento é igualmente negativo. O BCP, a cotada com maior peso em Lisboa, cai 1,97% para 0,2982 euros. No setor energético, a EDP e a Galp recuam 2,41% e 1,93%, respetivamente. No caso da petrolífera, anunciou esta manhã que o volume de crude processado caiu 1,5% em 2017.

Lisboa lidera as quedas na Europa, mas a tendência é negativa no Velho Continente e estende-se ao outro lado do Atlântico. Na Alemanha, o Dax-30 cai 0,7%, ao mesmo tempo que o parisiense Cac-40 cede 1,4%. Em Milão e Madrid, os principais índices cedem em torno de 1,3%.

Em Wall Street, os primeiros minutos de negociação deixam o índice de referência mundial, o S&P 500, a cair 1,02%. Os outros dois benchmarks americanos acompanham as quedas: o industrial Dow Jones perde 1,11% e o tecnológico Nasdaq cede 0,94%.

As ações da Apple estão no centro das atenções devido às críticas de muitos utilizadores face às anomalias do último modelo iPhone X. “As vendas do iPhone X deverão sofrer um impacto negativo como consequência deste evento, a cotação em bolsa está em queda e este movimento poderá ser aproveitado com entradas vendedoras no ativo, com target nos 157 dólares”, diz José Bebiano Correia, da corretora XTB. Os títulos da maçã perdem 0,37% para 159,9 dólares.

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