BCP vai avaliar “possibilidade de aderir a veículo para malparado”

  • Rita Atalaia
  • 8 Maio 2017

Nuno Amado deixou claro que o BCP está disposto a aderir a um veículo para limpar o malparado do sistema. O presidente do banco afirma que analisará de "boa-fé" assim que haja novos detalhes.

O BCP está disposto a analisar uma possível solução do Governo para limpar o crédito malparado dos balanços dos bancos. Esta posição ficou clara na apresentação dos resultados do banco para o primeiro trimestre de 2017. Nuno Amado afirma que, quando houver mais detalhes, analisará a possibilidade de aderir a um veículo ou a outra solução que possa vir a ser apresentada.

“Não temos informação adicional. Quando tivermos informação detalhada adicional analisaremos de boa-fé”, afirma Nuno Amado. “Veremos a possibilidade de aderir a um veículo – ou a uma solução que pode não ser um veículo – para esse fim”, acrescenta o presidente do BCP.

O gestor deixa claro que “qualquer solução não deve ser destrutiva do capital, porque é o bem mais caro que temos“. É por isso que Nuno Amado defende que qualquer saída sugerida pelo Executivo de António Costa deve trazer um conjunto de regras que permita fazer com que os processos de recuperação “sejam mais rápidos e eficientes”. O presidente do banco português explica que isto é necessário para que seja possível para o BCP concorrer na Europa com regras semelhantes.

As declarações são feitas depois de o banco liderado por Nuno Amado ter apresentado lucros de 50,1 milhões de euros no primeiro trimestre. Conseguiu apresentar um crescimento nos resultados líquidos, contrariando a expectativa dos analistas, que antecipavam uma quebra. Para este crescimento contribuiu, diz o banco, o bom desempenho da atividade em Portugal.

“O resultado líquido no primeiro trimestre de 2017 fixou-se nos 50,1 milhões de euros, que compara com 46,7 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo de 2016, evidenciando um aumento de 7,4% suportado no desempenho da atividade em Portugal”, referiu a instituição liderada por Nuno Amado. O CaixaBI antecipava uma quebra para 40,3 milhões de euros.

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