BCP aumenta lucros. Ganha mais de 50 milhões

O banco liderado por Nuno Amado fechou o primeiro trimestre com resultados líquidos superiores aos do período homólogo. Contrariou assim a expectativa dos analistas, que apontavam para uma quebra.

O Banco Comercial Português (BCP) obteve lucros de 50,1 milhões de euros no primeiro trimestre. Conseguiu apresentar um crescimento nos resultados líquidos, contrariando a expectativa dos analistas, que antecipavam uma quebra. Para este crescimento contribuiu, diz o banco, o bom desempenho da atividade em Portugal.

“O resultado líquido no primeiro trimestre de 2017 fixou-se nos 50,1 milhões de euros, que compara com 46,7 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo de 2016, evidenciando um aumento de 7,4% suportado no desempenho da atividade em Portugal”, refere a instituição liderada por Nuno Amado. O CaixaBI antecipava uma quebra para 40,3 milhões de euros.

Na atividade em Portugal, o resultado líquido aumentou 7,1 milhões de euros face ao primeiro trimestre do ano anterior, atingindo 9,0 milhões de euros, beneficiando do efeito positivo do reembolso dos CoCos, concluído em fevereiro de 2017, e refletindo a manutenção da dinâmica comercial e o rigoroso controlo dos custos”, diz o banco.

Na atividade internacional, o banco revela que obteve um “resultado líquido de 41,1 milhões de euros nos primeiros três meses de 2017, comparando com 44,8 milhões de euros no trimestre homólogo do ano anterior, condicionado pelo menor contributo da operação em Angola e não obstante a evolução favorável das restantes operações, apesar do efeito penalizador das contribuições obrigatórias na Polónia”.

“A margem financeira do BCP ascendeu a 332,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, aumentando 13,7% face aos 292,4 milhões de euros alcançados no período homólogo de 2016. Esta evolução deveu-se ao contributo quer da atividade em Portugal, quer da atividade internacional”, nota o banco. A taxa de margem financeira nos primeiros três meses de 2017 situou-se em 2,17%, que compara com 1,81% em igual período do ano anterior.

Imparidades pesam… menos

Neste período, o banco revela que as imparidades de crédito (líquidas de recuperações) encolheram. Situaram-se em 148,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, diminuindo 7,3% face aos 160,7 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2016, influenciadas pela atividade em Portugal.

“As outras imparidades e provisões totalizaram 54,3 milhões de euros nos primeiros três meses de 2017, comparando com 15,4 milhões de euros no período homólogo do ano anterior, refletindo essencialmente o reforço das provisões relacionadas com garantias, com fundos de reestruturação empresarial e outros ativos”, remata.

Rácio de capital mais forte

Perante o crescimento dos lucros, fruto da melhoria da atividade mas também do menor peso das imparidades, o rácio de capital do BCP melhorou nos três primeiros meses do ano. O “rácio CET1 phased-in estimado em 31 de março de 2017, situou-se em 13,0% face aos 12,4% reportados em 31 de dezembro de 2016. Em base fully implemented, o rácio CET1 evoluiu favoravelmente de 9,7% no final de 2016 para um valor estimado de 11,2%.

“A evolução positiva do rácio CET1 no primeiro trimestre de 2017 beneficiou maioritariamente da operação de aumento de capital realizada em fevereiro 2017 e dos resultados líquidos acumulados do primeiro trimestre de 2017, apesar do reembolso da totalidade dos CoCos e, no caso do rácio phased-in, do efeito negativo associado à respetiva progressão, que se verificou em 1 de janeiro de 2017″, destaca o banco.

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