Moedas vai apoiar dois novos projetos portugueses

Biopolis e LIS-Water são os dois projetos "teaming" selecionados para obter apoio do Horizonte 2020. Incentivo pode chegar aos 400 mil euros.

O programa de Carlos Moedas voltou a selecionar duas empresas portuguesas para receber apoios de verbas comunitárias. Em causa está um incentivo, atribuído através do instrumento “Teaming” do programa Horizonte 2020, que pode chegar a 400 mil euros para demonstrar o potencial futuro de novos centros de excelência. O objetivo último é reduzir as diferenças em termos de Investigação e Inovação entre os Estados‑membros da União Europeia.

O projeto Biopolis do Instituto de Ciências Tecnologias e Agroambiente da Universidade do Porto está a trabalhar em parceria com a Universidade de Montpellier, em França, para fomentar “um ambiente de investigação internacional e multicultural com investigadores de vários países organizados em grupos temáticos de investigação na área da biodiversidade e dos recursos genéticos”, explica o comunicado da Comissão Europeia.

Este projeto consiste num upgrade do Cibio, que já era desenvolvido na Universidade do Porto. A semana passada, o reitor Sebastião Feyo de Azevedo sublinhou o facto de a Universidade do Porto ter ganho um novo centro de excelência na área da biologia ambiental e da biodiversidade através deste projeto Biopolis. “Esta é uma afirmação de grande capacidade científica, correspondendo a um importantíssimo financiamento para a sua investigação”, disse o responsável, citado pelo Jornal de Notícias, elogiando o trabalho desenvolvido pela equipa liderada pelo professor Nuno Ferrand.

O segundo projeto português a ser selecionado chama-se LIS-Water (Lisbon International Centre for Water) e é coordenado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Aqui a parceria é feita com a Universidade de Cranfield, no Reino Unido, e com o Instituto de Gestão de Empresas (IAE), de Paris. Este projeto visa criar “um centro de excelência em Portugal no setor da água e atrair especialistas mundiais, nacionais e estrangeiros, centrando-se no desenvolvimento e na disseminação do conhecimento sobre políticas públicas, regulação e gestão de recursos hídricos e dos serviços de águas”, revela o mesmo comunicado.

Carlos Moedas, o comissário europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação e pelo programa Horizonte 2020, congratulou-se com o facto de entre os 30 projetos selecionados haver dois portugueses. O “Teaming” é, nas palavras do comissário, “um instrumento que permite estabelecer pontes, reforçar laços, partilhar conhecimentos entre instituições de excelência e diminuir as diferenças entre os países no campo da Investigação e da Inovação. É com especial agrado que constato a presença de dois projetos portugueses financiados em áreas tão relevantes como a biodiversidade e a água”, disse.

Os projetos “Teaming”, tal como o nome indica, pressupõem o estabelecimento de parcerias entre instituições de investigação, agências, universidades e autoridades nacionais e regionais de toda a Europa. Cada iniciativa pode receber do Horizonte 2020 até 400 mil euros para, no espaço de 12 meses, tentar reunir conhecimentos e partilhar competências que reforçarão a posição competitiva das instituições envolvidas.

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