BCP fixa novo mínimo, banca pressiona Europa e Lisboa

Monte dei Paschi continua a ensombrar o setor financeiro europeu, deixando os investidores sem grande apetite pela tomada de risco. O BCP tombou mais de 2% e namora outra vez valores abaixo do euro.

Numa semana que continua a ser marcada pela baixa liquidez nos mercados, devido à quadra festiva do Natal e Ano Novo, a ausência de notícias relevantes manteve a banca italiana na mente de grande parte dos investidores. Em concreto, a situação delicada do Monte dei Paschi, cuja intervenção do Governo italiano deixou o restante sistema financeiro do país sob maior pressão. E arrastou todo o setor europeu para mais uma sessão no vermelho.

Em Portugal, o BCP foi o reflexo do nervosismo dos investidores em torno da banca europeia. As ações do banco liderado por Nuno Amado caíram 2,433% para fixar um novo mínimo de sempre nos 1,0394 euros, namorando novamente valores abaixo da fasquia psicológica de um euro.

Na Europa, o índice da Bloomberg que acompanha as 500 principais instituições financeiras da região cedeu aproximadamente 0,5%, com o Bank of Ireland a tombar mais de 4%. Mas foram os bancos espanhóis Bankinter, Popular e Sabadell e os italianos Mediobanca e Unicredit a colocar o setor no vermelho por mais uma sessão.

“O setor bancário, que ultimamente tem sido acompanhado de perto pelos investidores, terminou em baixa. O banco suíço UBS e o britânico HSBC foram praticamente os únicos a encerrar com sinal positivo”, referem os analistas do BPI. “A negociação das ações do banco italiano Monte dei Paschi continua suspensa, até que sejam conhecidos os pormenores do novo plano de recapitalização público”, acrescentaram os analistas.

Com a queda do BCP, o PSI-20, o principal índice português, cedeu 0,32% para 4.648,67 pontos. As perdas estenderam-se a mais 11 cotadas nacionais, com destaque para a EDP Renováveis, que viu as ações cederem 0,8% para 5,88 euros. A travar maiores quedas no índice de referência nacionais estiveram os títulos da Galp, cuja valorização de 0,21% para 14,19 euros acompanhou os ganhos do barril de Brent nos mercados petrolíferos.

A praça milanesa FTSE MIB encerrou com o pior desempenho no Velho Continente, ao cair 0,78%, numa sessão em que Madrid caiu 0,34%. Já a praça londrina FTSE regressou hoje à negociação após quatro dias encerrada e somou 0,54% para um máximo histórico.

(Notícia atualizada às 17h02)

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