PSD tem “visão crítica” sobre o PE e PNR. Não pede votação

Pedro Passos Coelho diz que não vai requerer a votação nem do Plano de Estabilidade nem do Programa Nacional de Reformas. Ainda assim, critica os dois documentos.

O PSD não vai requerer a votação do Plano de Estabilidade (PE) nem do Programa Nacional de Reformas (PNR). A garantia foi dada por Pedro Passos Coelho, o líder do partido, depois da audiência com o Presidente da República. Não pede votação, nem comenta o pedido já avançado pelo CDS-PP. Passos apenas diz ter uma “visão crítica” sobre ambos os documentos.

Tal como “não fez no ano passado”, o PSD vai voltar a não requerer a votação do PE e do PNR no Parlamento. “São dois documentos que vinculam o Governo… Não sei é se os partidos que o suportam estão confortáveis…”, disse o líder do PSD, em declarações transmitidas pela RTP3. “Nós não tencionamos apresentar nenhum pedido de votação“, afirmando que não conhece o pedido do CDS. “Quando conhecermos vamos pronunciar-nos”, disse.

“No ano passado, o Governo quis ouvir o PSD e os restantes partidos sobre os dois documentos. Isso não aconteceu agora. No ano passado apresentámos variadíssimas propostas de alteração no Parlamento para o PNR. A maioria mantém-se válida“, notou Passos Coelho, aproveitando para criticar tanto o PNR como o PE.

“O PNR não tem nenhuma reforma importante do Estado e da economia que possa sustentar uma retoma do investimento. A perspetiva continua a ser de crescer menos do que os nossos parceiros”, disse. Sobre o PE, Passos afirmou apenas que o documento “não tem um cenário macro tão irrealista. A base de partida é mais realista”.

César acusa Passos Coelho de ter reduzido PSD a “partido dos contras”

O presidente do PS, Carlos César, acusou Pedro Passos Coelho de ter reduzido o PSD a um “partido dos contras” e saudou o Governo por conjugar, nos Programas de Estabilidade e de Reformas, “responsabilidade social e responsabilidade financeira”.

No final da sua reunião com o Presidente da República, que demorou cerca de uma hora, Carlos César sublinhou que os documentos aprovados na semana passada provaram que “é possível ter ao mesmo tempo responsabilidade financeira e responsabilidade social”, algo que era negado pela direita.

Questionado sobre a posição crítica do PSD em relação aos dois documentos, transmitida um pouco antes pelo líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, em Belém, Carlos César disse desejar que o PSD possa ser “útil a Portugal”.

“Reduzir o PSD, como faz o doutor Pedro Passos Coelho, a um partido de contestação permanente, a um partido de contras é muito pouco para a ambição que o PSD devia ter no contexto português”, criticou.

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