Programa de Estabilidade “para agradar a Bruxelas e agências”

Marques Mendes disse no seu comentário na SIC que o Programa de Estabilidade foi feito “à imagem de Bruxelas e da ortodoxia europeia”.


O Governo de António Costa enviou, na sexta-feira, o Programa de Estabilidade (PE) e o Programa Nacional de Reformas (PNR) para o Parlamento, com metas e medidas até 2021.

No seu comentário habitual na SIC, Marques Mendes desvaloriza o PNR, que afirma ser “um conjunto de boas intenções”.

Já sobre o PE, diz que é feito para convencer os mercados e tem a preocupação de “agradar a Bruxelas e vai agradar às agências de rating”. Em maio, o país deverá sair do Procedimento por Défices Excessivos, o que deverá abrir a porta a que “lá para o final do ano, se calhar, o rating possa sair da categoria de lixo”, vaticina Marques Mendes.

Em termos políticos, o comentador considera ainda que, em matéria de metas, “não há grandes diferenças entre este PE e um que fosse aprovado por Pedro Passos Coelho”.

O que para o comentado da SIC “mostra que Governo, o PCP e o BE estão rendidos à cartilha de Bruxelas, por omissão ou por ação”.

“Se o PE for cumprido, será uma espécie de programa eleitoral para o PS para as eleições de 2019. Quem tiver esses resultados, muito dificilmente perde eleições”.

Com que armas fica a oposição?

“Fica em maus lençóis. Quando a economia está a crescer, com o desemprego a baixar e com o défice a descer, não é fácil fazer oposição”, refere o antigo líder do PSD.

Isto porque, “o CDS e o PSD perdem o seu discurso tradicional, do défice e do crescimento”.

A ideia que passa é que Passos fez cortes e que António Costa repõe rendimentos. As circunstâncias são diferentes, mas é a imagem que passa”, reforça.

Marque Mendes faz ainda o paralelo entre o atual Governo e o primeiro Executivo de Cavado Silva, há 30 anos: “um governo minoritário. Tomou conta do poder depois de uma crise económica. A oposição ficou associada a uma imagem de austeridade. Há um Presidente de cor diferente, que tem uma boa coabitação”.

Isto para concluir que o “PS esteve 10 anos na oposição”, vaticinando o que poderá acontecer agora com a direita.

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