Ex-presidente do INEM detido por suspeitas de corrupção

O ex-presidente do INEM e da ARS terá sido detido após buscas no âmbito do caso "Máfia do Sangue". É suspeito de corrupção num caso que envolve a farmacêutica Octapharma.

Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS) foi detido esta terça-feira por suspeitas de corrupção no âmbito do caso “Máfia do Sangue”, está a avançar o jornal Correio da Manhã.

Em causa, a entrega à Octapharma do negócio da venda de plasma sanguíneo aos hospitais públicos em Portugal, um concurso em que Cunha Ribeiro fez parte do júri. Nessa altura, Cunha Ribeiro estaria a viver na casa do principal responsável da farmacêutica, referiu a Lusa. A investigação começou no ano passado, após uma reportagem da TVI que denunciava o desperdício de plasma sanguíneo doado pelos portugueses.

Em contrapartida, os hospitais públicos passaram a gastar milhões de euros na compra de plasma àquela farmacêutica. Alegadamente, o ex-presidente do INEM terá beneficiado dessa e de outras decisões, num caso que envolve ainda o empresário Lalanda de Castro e apartamentos de luxo em Lisboa e no Porto, segundo o Correio da Manhã.

Numa nota enviada às redações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que estão a ser realizadas “mais de três dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias”. Quatro delas são “em instituições e estabelecimentos oficiais relacionados com a área da saúde”, incluindo Ministério da Saúde e INEM. Outras duas decorrem em escritórios e “locais de trabalho de advogados”. O inquérito está a ser dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP).

(Últma atualização às 10h42.)

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