Obrigações com juros negativos caem para 9,3 biliões com Trump

Eleição de Trump fez disparar juros das obrigações em todo o mundo. Segundo a Fitch, o montante de dívida com juros negativos registou uma queda de um bilião de euros desde a eleição do republicano.

A expectativa em relação à aceleração dos preços fez disparar dos juros das obrigações dos governos um pouco por todo mundo no último mês, num movimento de agravamento que ocorreu após a eleição de Donald Trump para a Casa Branca. De acordo com a agência Fitch, há agora menos um bilião de euros em dívida com juros negativos do que havia antes do republicano ter derrotado Hillary Clinton no dia 8 de novembro.

No total, segundo os cálculos daquela agência de notação financeira norte-americana, o stock de obrigações soberanas em todo o mundo com yields abaixo de zero baixou dos 10,4 biliões de dólares (9,75 biliões de euros) para os 9,3 biliões de dólares (8,7 biliões de euros).

“A redução no montante de dívida com juros negativos acelerou na sequência da recente eleição nos EUA e da onda vendedora nos mercados obrigacionistas”, referiu a Fitch em comunicado.

O Presidente eleito já prometeu avançar com os estímulos orçamentais em larga escala, na ordem do bilião de dólares, e com uma redução dos impostos sobre as empresas em mais de 20 pontos percentuais, tal como o candidato havia prometido durante campanha. Tudo com o objetivo de fazer descolar a maior economia do mundo.

A entrada em cena da política orçamental vai significar a retirada mais célere da política monetária da Fed. Com o desemprego a rondar os 5%, é expectável que a inflação comece também ir além da meta que o banco central norte-americano pretende — no caso da Fed, há um duplo mandato, para o emprego e inflação. Ou seja, para manter os preços sob controlo, a autoridade liderada por Janet Yellen deverá forçada a subir os juros num ritmo mais rápido do que há uma semana se previa, pressionando uma subida nos juros dos restantes ativos, incluindo as obrigações.

O Japão mantinha-se como país com maior montante de dívida com juros negativos, na ordem dos 6,1 biliões de dólares (5,7 biliões de euros), um valor que compara com os 6,9 biliões de dólares observados no dia 1 de novembro. Já os governos europeus detinham 3,2 biliões de dólares em obrigações que não davam rendimento aos investidores, menos 400 mil milhões de dólares face ao início do mês passado.

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