Fim de operação no Brasil agrava prejuízos da Sonae Capital

  • Lusa
  • 22 Maio 2018

O custo do processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil penalizou as contas da Sonae Capital, que reportou prejuízos de 7,86 milhões de euros no primeiro trimestre.

O prejuízo da Sonae Capital agravou-se em 62,1% no primeiro trimestre de 2018 face ao mesmo período do ano anterior, para 7,86 milhões de euros, segundo o comunicado enviado pela empresa, esta terça-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Já o resultado líquido atribuível a acionistas da empresa-mãe agravou-se em 5,05%, atingindo 7,47 milhões de euros negativos nos três primeiros meses do ano.

“O resultado líquido do trimestre está penalizado de forma não recorrente em, aproximadamente, três milhões de euros devido, essencialmente, ao reconhecimento da estimativa mais recente de custo total relativo ao processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil que ascende a dois milhões de euros“, avança o grupo no comunicado.

O volume de negócios consolidado do grupo ascendeu a 42,32 milhões de euros (mais 32,4% face ao trimestre homólogo) e o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) mais do que duplicou, atingindo 2,08 milhões, gerando uma margem de 4,9%, uma evolução de 3,7 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior.

O grupo sublinha “a evolução significativa de rentabilidade das unidades de negócios”, de mais 125% face ao trimestre homólogo. O volume de negócios das unidades do grupo aumentou 31%, para 39 milhões de euros, com destaque para os crescimentos nos segmentos de fitness (mais 52,1%) e energia (mais 21,6%).

A Sonae Capital sublinha que no primeiro trimestre foi concluída a aquisição e integração da cadeia de Fitness PUMP, que tem sete clubes na região de Lisboa e um no Algarve, “contribuindo para a melhoria significativa da posição competitiva do segmento”.

No primeiro trimestre realizaram-se ainda seis escrituras de unidades residenciais turísticas, em Tróia, correspondentes a 2,4 milhões de euros. Os contratos de promessa de compra e venda em carteira de ativos imobiliários (excluindo as unidades de Tróia) ascende 4,5 milhões de euros.

Segundo a presidente executiva, Cláudia Azevedo, citada no documento, a Sonae Capital continua a ter como “foco prioritário” a venda de ativos imobiliários. “Tendo em conta o portefólio de ativos e o enquadramento favorável, continuam a ser dados passos importantes para a concretização de negócios relevantes durante o ano, condição obrigatória para continuar a implementar a estratégia corporativa definida”, avança Cláudia Azevedo.

Segundo o documento, a dívida líquida da Sonae Capital aumentou 14,6% para 125,3 milhões de euros face ao final de 2017, “fortemente influenciada pelos investimentos na aquisição da cadeia de Fitness PUMP e no início do investimento no projeto de biomassa, que só começará a gerar retorno no segundo semestre de 2019”.

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