Pharol afunda. Perde um quarto do valor em três sessões

Com o plano de reestruturação da Oi encalhado, a Pharol acentua a queda em bolsa. Já cai mais de 25% em apenas três sessões.

A Pharol continua a afundar em bolsa. Depois de a Anatel ter travado o acordo firmado entre a Oi com os seus credores por considerar que este vai contra os interesses da empresa, a cotada liderada por Luís Palha da Silva acentuou a queda. A empresa portuguesa, que detém 27% do capital da operadora brasileira, já perdeu mais de um quarto do valor em três sessões.

Depois de recuar mais de 5% no final da semana passada, a Pharol cedeu mais de 12,37% no arranque desta. E nesta sessão, a tendência negativa continua, com a cotada portuguesa a cair 11,61% para 27,40 cêntimos. Esteve já a cair um máximo de 12,90% para os 27 cêntimos, um mínimo desde junho.

Ações da Pharol afundam

Esta queda, que eleva para 26,9% a descida acumulada em três sessões, reflete a decisão do regulador das telecomunicações brasileiro, a Anatel, que bloqueia o plano de reestruturação da empresa por poder ser danoso para os interesses da companhia.

A proposta acordada pela administração da Oi prevê o pagamento de uma taxa aos detentores de dívida em troca da participação no aumento de capital da empresa de telecomunicações. Enquanto alguns credores apoiam este acordo, grandes grupos de obrigacionistas da empresa afirmaram que é improvável que a proposta ganhe uma ampla aceitação, tendo em conta que os atuais acionistas mantêm-se no controlo.

De acordo com um documento divulgado esta terça-feira pela Anatel citado pela Bloomberg, o regulador brasileiro das telecomunicações diz que a Oi enfrentará sanções caso dê seguimento ao acordo ou algo que se aproxime.

De recordar que a Oi fez um pedido de proteção contra credores por um período de 17 meses, com uma dívida avaliada no equivalente a 16 mil milhões de euros. A Pharol detém 27% do capital da companhia brasileira.

Pharol vai ao aumento de capital

Em declarações à agência Reuters, Palha da Silva referiu que a Pharol pretende participar no aumento de capital da Oi, tendo indicado que está a estudar a forma como vai financiar essa operação. O presidente da empresa portuguesa disse mesmo que a Pharol pretende manter a maior posição na operadora brasileira que o processo de recuperação judicial permitir.

“A Pharol tem a intenção de manter a participação máxima que o processo de recuperação judicial aprovado possa permitir”, afirmou o CEO, em entrevista à Reuters. “Para isso, está disposta, obviamente dentro dos termos do plano que venha a ser aprovado, encontrar, caso seja necessário, alguns recursos financeiros que permitam ir a uma menor diluição”.

“Sim, queremos manter participação, estamos à procura dos recursos que forem possíveis”, disse.

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