Tributo a Miguel Beleza

Será sempre recordado como uma pessoa bem-disposta e com humor natural e um economista inteligente, bem preparado e sempre disponível para colaborar e ensinar.

Miguel Beleza será sempre recordado como uma pessoa bem-disposta e com humor natural e um economista inteligente, bem preparado e sempre disponível para colaborar e ensinar. Faz parte de uma geração de economistas que terminaram as suas licenciaturas pouco antes do 25 de abril de 1974, com nota máxima no seu ano e que se doutorou depois nos EUA, onde poucos portugueses a data tinham estado e completado a sua formação.

Das suas funções como governador do Banco de Portugal ou como Ministro das Finanças, num período crucial de Portugal, outros falarão com mais propriedade. O mesmo relativamente a função de professor que exerceu em várias Universidades e Escolas.

O testemunho que aqui gostaria de deixar tem a ver com o convívio que tive com ele no seio da Ordem dos Economistas (OE) e, anteriormente no Fórum de Administradores de Empresas (FAE). E como esse convívio me permitiu conhecer a sua preparação económica e a sua personalidade amável, disponível e possuidora de um humor sempre apropriado às circunstâncias.

A OE e o FAE são ambas associações em que, quer as funções dos órgãos sociais, quer as colaborações em conferências, seminários ou outras atividades são sempre pro bono. Pois bem, o Miguel colaborou sempre com interesse e afinco em ambas, em ocasiões em que nos cruzámos e trabalhámos conjuntamente, primeiro nos anos noventa no FAE, depois já mais recentemente neste século na Ordem a que ele pertencia desde a altura em que se licenciou.

Lembro, sobretudo, uma representação do FAE na Conferência das Contrapartes, onde as organizações mundiais estavam representadas, em Bruxelas a meio da década de 90 e em que o Miguel fez uma excelente apresentação da economia portuguesa, tendo suscitado o aplauso das organizações presentes.

E recordo a colaboração que recebi, como primeiro responsável da Ordem dos Economistas, do Miguel, quer no Conselho Geral a que pertencia, quer em intervenções várias em seminários, conferências ou nos debates televisivos no Económico TV, no espaço da responsabilidade da Ordem.

A sua vontade de participar, as suas intervenções cheias de ideias e sugestões foram uma constante a que me habituei e sempre admirei.

O Miguel, inesperadamente, passou para o “outro lado do espelho”. Deixa saudades verdadeiras nos seus familiares, nos seus amigos e colegas que irão continuar a falar dele e a recordá-lo. E essa é a melhor prova de que passou pela vida e deixou marcas dessa passagem, quer profissionalmente, quer sobretudo pessoais.

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