Bolsas fecham semana complicada em alta. Lisboa soma 1% com BCP a brilhar

Aparentemente, Itália e Espanha já ultrapassaram as respetivas crises políticas e deram gás às bolsas. Mas há uma pedra no sapato dos investidores: a guerra comercial entre EUA e aliados.

Foi uma semana de emoções fortes para os investidores, com Espanha e Itália a assumirem maior protagonismo naquilo que parecia ser um caminho incerto quanto ao futuro da região. Mas, chegados ao final da semana, as coisas aparentam estar mais tranquilas, apesar da guerra comercial à vista entre EUA e os principais aliados comerciais. E as bolsas fecham esta sexta-feira em alta.

Em Lisboa, o PSI-20 somou 0,89% para 5.517,4 pontos. O BCP foi novamente a estrela da sessão, com um disparo de 4,94% para 0,2636 euros.

“O BCP é um título bastante reativo e quando cai, cai bastante e quando valoriza, valoriza bastante”, explicou Carla Santos, gestora da XTB Portugal. “E depois de tocar nos mínimos de novembro com a instabilidade italiana, também rapidamente recupera com o amenizar da situação e apresenta hoje uma valorização de 5%”, comentou ainda.

Também as grandes cotadas como a Jerónimo Martins, Galp e EDP apresentaram-se em alta de 0,63%, 0,38% e 0,51%, respetivamente. Para a elétrica nacional, hoje é um dia importante porque a China Three Gorges têm até ao final do dia para fazer o registo da oferta pública de aquisição sobre a EDP e EDP Renováveis nos próximos momentos.

Também as principais praças financeiras europeias encerraram o dia em grande. Por exemplo, o espanhol IBEX-35 ganhou 1,72% depois de uma montanha russa de sentimentos que viveu esta semana por causa da moção de censura apresentada pelo PSOE e que levou à queda do Governo de Mariano Rajoy esta manhã. Segue-se Pedro Sanchez como líder do próximo executivo espanhol.

Em Itália, depois de o Movimento 5 Estrelas e a Liga norte terem feito novo esforço para formar Governo, evitando-se eleições antecipadas, o FTSE-Mib também ganhou ânimo e terminou o dia com uma subida de 1,03%. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, ganhou mais de 1%.

Contas feitas, superadas as crises políticas na Zona Euro, as atenções dos investidores estão agora centradas nos próximos desenvolvimentos da guerra comercial. Os EUA anunciaram tarifas sobre o aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México, os principais parceiros comerciais dos norte-americanos que já prometeram retaliações.

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