Mota-Engil assina contrato de 320 milhões para recolha de lixo na Costa do Marfim

Empresa portuguesa fechou contrato de sete anos no país africano. Fica responsável pela recolha de lixo na capital.

A Mota-Engil chegou a acordo com o Ministério da Saúde, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Costa do Marfim e assinou dois contratos no valor de 320 milhões de euros, informou a empresa, em comunicado à CMVM.

De acordo com o documento, a Mota-Engil, através da Mota-Engil África, fica responsável pela “Limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos na capital Abidjan, por um período de sete anos”.

“O conjunto das duas operações envolverá cerca de 280 viaturas e 2.000 colaboradores, servindo cerca de 4,6 milhões de habitantes e, prevê-se, incluirá a recolha de mais de oito milhões de toneladas de resíduos urbanos”, informa ainda a empresa portuguesa.

O arranque da operação da empresa na Costa do Marfim faz com que a empresa esteja presente em oito países. A área de recolha e tratamento de resíduos passa a fornecer serviço a 18,5 milhões de habitantes.

Rápido crescimento de relações bilaterais

O Presidente português considerou hoje que “a estabilização política notável” da Costa do Marfim e o crescimento das economias marfinense e portuguesa permitiram um rápido fortalecimento das relações bilaterais, com “um salto ainda mais espetacular” no plano económico.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “a possibilidade de colaboração nos domínios mais diversos em matéria económica e a instalação na Costa do Marfim de empresas portuguesas nesses domínios faz augurar um futuro próximo excecional“.

O Chefe de Estado português falava na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, tendo ao seu lado o Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, que hoje recebeu, no início da sua visita a Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa começou por afirmar que “não pode ser melhor o panorama das relações entre os dois países”. No plano multilateral, Portugal e a Costa do Marfim estão “de acordo no domínio das alterações climáticas” e também “quanto a problemas fundamentais no domínio da África Ocidental”, incluindo “no Golfo da Guiné”, referiu o Presidente da República.

“Não podemos, por outro lado, deixar de felicitar a estabilização política notável e o crescimento económico igualmente notável daquele país que é, à sua maneira, já considerado como um poder regional. Essa vitalidade tem permitido, em dois anos, ligada também ao regresso ao crescimento económico em Portugal, o desenvolvimento de relações bilaterais a ritmo que ultrapassou as expectativas”, disse.

O Presidente português destacou o relacionamento bilateral “na educação, com mais de dois mil estudantes falando e estudando português na Universidade Felix Houphouet Boigny”, e “nos domínios da saúde, da administração interna, da defesa, do acordo sobre dupla tributação, da preparação de um acordo sobre matéria de investimento”.

“Mas, onde esse salto é ainda mais espetacular é no domínio económico”, considerou. Marcelo Rebelo de Sousa mencionou que “só de janeiro a março deste ano houve um crescimento de 146% de exportações portuguesas para a Costa do Marfim”.

“A abertura de carreiras regulares da TAP permite abrir novos mundos no contacto empresarial, de que é um exemplo feliz o fórum realizado amanhã [quarta-feira], com centenas de empresários dos dois países”, acrescentou.

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