José Morgado no ECO24: “Não sei o que é um banco social”

José Morgado saiu esta terça-feira da presidência do Montepio e hoje dá uma entrevista exclusiva ao ECO24. Admite a erosão nas relações com Tomás Correia e afirma que não sabe o que é um banco social.

É a primeira entrevista de José Félix Morgado, no dia seguinte à cessação de funções como presidente da Caixa Económica Montepio Geral, e antes do fim do mandato, que ocorreria dentro de um ano. Ao programa ECO24 – que é transmitido esta noite às 23h15 na TVI24 – o gestor afirma que cumpriu a sua missão neste dois anos, a separação entre o acionista, a Associação Mutualista, e o banco. “É natural que tenha criado uma erosão entre o conselho de administração e o acionista [liderado por Tomás Correia], é natural que ao fim de algum tempo tenha o resultado que foi a interrupção do mandato”, afirma. Mas admite que, em função da ideia que foi revelada publicamente por Tomás Correia para o futuro do Montepio, não sabe o que é um “banco social”.

O Montepio é uma casa arrumada, afirma José Félix Morgado, e é isso que o novo presidente, Carlos Tavares, vai encontrar, garante. O gestor que entrou em agosto de 2015 na presidência do banco recorda que entrou no banco com prejuízos e que em 2017 voltou aos lucros. “A Caixa Económica entrou mais tarde nesta crise, mas saiu mais cedo”, diz, e assegura que os resultados são sustentáveis. “Sou responsável pelos resultados até ontem, depende agora do novo conselho”, acrescenta, e elogia o seu sucessor, Carlos Tavares.

O gestor considera que será positivo para o Montepio a entrada de novos acionistas, porque em caso de necessidade, não está dependente apenas de um dono, mas afirma que “a entrada de acionistas que subscrevem meia dúzia de ações não tem peso”. E considera que os novos acionistas, como a Santa Casa, têm de ter uma percentagem de capital relevante, acima dos 5%. “Não apenas a Santa Casa”, mas vários com percentagens equivalentes.

José Félix Morgado responde também às questões relacionadas com uma operação que ficou conhecida como “Vogais Dinâmicas” e que teria sido desenhada por si para melhorar as contas do banco em 2016. O gestor rejeita esta informação, e remete-a para o necessidade de recuperar créditos vencidos, mas confirma que a operação não chegou a avançar.

Veja esta noite na TVI24, a partir das 23h15, a entrevista exclusiva de José Felix Morgado no programa ECO24, uma parceria entre o ECO e a TVI.

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