Pensão de Ricardo Salgado vai ser limitada a 11.500 euros

  • ECO
  • 18 Setembro 2017

O fundo de pensões do Novo Banco foi para tribunal para que a reforma de Salgado e outros antigos gestores do BES tenha um teto igual ao último salário mais alto pago aos administradores do banco mau.

Ricardo Salgado vai deixar de receber uma pensão de 90 mil euros brutos por mês. O fundo de pensões do banco decidiu que a reforma do banqueiro e de outros antigos administradores não pode ser superior a 11.500 euros ilíquidos por mês, sete vezes menos do que recebia. Esta imposição ainda tem de ter o ‘ok’ dos tribunais.

A reforma de Salgado é, por decisão do Banco de Portugal, da responsabilidade do Banco Espírito Santo (BES), o banco “mau”. Por isso, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), o fundo de pensões do Novo Banco afirma que a reforma do banqueiro e de outros dez administradores deve ter um teto igual ao último salário mais alto pago aos administradores do BES antes de a instituição financeira entrar em processo de resolução, em julho do ano passado. Ou seja, 11.500 euros brutos por mês.

Nesta lista de administradores, estão incluídos José Manuel Espírito Santo, António Souto, Jorge Martins, Rui Silveira, José Maria Ricciardi, João Freixa, Stanislas Ribes, Amílcar Morais Pires e Joaquim Goes. Para além destes gestores, há ainda outros nove cujas reformas estão sujeitas a cortes. Mas, neste caso, o teto máximo é definido considerando o salário mais elevado pago aos administradores em funções no Novo Banco, para onde foram transferidas as responsabilidades das pensões destes administradores. O fundo precisa ainda de ter o aval dos tribunais para avançar com o corte da reforma de Salgado e dos outros gestores.

A Sábado já tinha avançado, a 2 de setembro, que o fundo de pensões do Novo Banco deu entrada com um processo no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para reduzir as pensões dos antigos administradores do BES. A revista escreveu ainda que a GNB Sociedade Gestora de Fundos de Pensões quer que seja decretada a autonomização do património destinado a pagar as pensões dos ex-gestores e cujas reformas ficaram no banco “mau”.

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