Carlos Costa apela a condições para Portugal acelerar

  • ECO
  • 4 Setembro 2017

Lições aprendidas em Sintra e Jackson Hole, o governador do Banco de Portugal voltou com quatro condições e duas características que podem ajudar a empurrar um país para a frente.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, quer que Portugal seja capaz de “reverter a tendência de desaceleração da produtividade” que se faz sentir em muitos países desenvolvidos.

Num artigo publicado no Público desta segunda-feira [acesso pago], o banqueiro reflete sobre como as condições e as características necessárias para ultrapassar este problema poderiam ser aplicadas no país, após as reuniões com especialistas, académicos e banqueiros centrais, em Sintra, no ECB Forum on Central Banking, e no Jackson Hole Economic Symposium, estado do Wyoming nos EUA.

Por um lado, é necessário que um país seja capaz de inovar tecnologicamente. Para tal, escreve Carlos Costa no Público, uma economia inovadora depende de quatro traços que lhe devem ser inerentes:

  1. Ser altamente competitiva, já que a concorrência obriga as empresas a inovar;
  2. Ter uma população altamente qualificada, numa “cultura de mérito e empreendedorismo”;
  3. Ter um mercado de trabalho com maior flexibilidade;
  4. E ter sistemas financeiros adequados aos mercados de capitais e ao financiamento das empresas.

Além disto, o banqueiro central acrescenta duas condições que significam que as economias que têm as características propícias à inovação retêm os seus benefícios: por um lado, devem ter acesso a um grande mercado, e por outro devem ter uma sociedade que aprenda com os seus insucessos.

“Em Portugal, o reduzido crescimento da produtividade observado nas últimas décadas constitui uma limitação à capacidade de sustentar maiores níveis de consumo sem incorrer em desequilíbrios externos”, argumentou Carlos Costa no Público. “Para termos controlo sobre o nosso futuro temos de ser capazes de aumentar a margem de manobra de gestão das nossas interdependências tanto comerciais como financeiras. (…) Só isso nos permitirá ganhar margem de manobra necessária para agarrar o futuro, libertando-nos das amarras do passado”. E termina: “O futuro está nas nossas mãos!”.

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