Catroga: “Os acionistas estão solidários com o seu presidente”

Eduardo Catroga, representante dos acionistas no board da EDP, demonstrou apoio a António Mexia, constituído arguido num caso sobre compensações financeiras.

Eduardo Catroga na conferência de imprensa sobre CMEC, na EDP, na sequência de António Mexia e João Manso Neto terem sido constituídos arguidos pelo Ministério Público.Paula Nunes/ECO

Eduardo Catroga, representante dos acionistas no board da EDP, demonstrou esta terça-feira apoio à administração e ao presidente da empresa, António Mexia, constituído arguido pelo Ministério Público, na sexta-feira passada.

“Os acionistas estão solidários com a administração e com o seu presidente”, disse Eduardo Catroga, na conferência de imprensa que António Mexia, presidente da EDP, está a realizar para explicar o contexto das compensações financeiras atribuídas à elétrica nacional, que estão a ser investigadas.

 

Eduardo Catroga, presidente do conselho geral e supervisão, garantiu que todos membros daquele conselho “manifestaram por unanimidade solidariedade com a comissão executiva da EDP” e adiantou que alguns membros até defenderam que se averiguassem eventuais responsabilidades e a possibilidade de ações contra os responsáveis dessas denúncias anónimas. “Não se brinca com empresas cotadas”, frisou o representante dos acionistas.

Catroga voltou ainda a sublinhar a necessidade de se cumprir os contratos feitos no passado, uma vez que os acionistas adquiriram ações com base nessas receitas que já estavam contratualizadas.

Também João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, foi constituído arguido pelo Ministério Público. Na sequência das buscas realizadas pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público, os dois gestores estão envolvidos em suspeitas de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio.

Em comunicado, a EDP confirmou na sexta-feira que a sede da empresa foi objeto de uma visita de um Procurador da República do DCIAP e de vários inspetores da PJ, numa investigação que “teve origem numa denúncia anónima” e que se reporta a “matéria relacionada com os Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e a sua substituição pelo regime dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMECs) — iniciada no ano de 2004″. António Mexia e João Manso Neto foram constituídos arguidos por terem sido os representantes da EDP que à data assinaram os contratos, garantiu a empresa.

(Artigo atualizado às 11h20 com mais declarações de Eduardo Catroga)

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