Petróleo afunda mais de 3%. Volta abaixo dos 50 dólares

O preço do petróleo está em queda acentuada perante as dúvidas em relação à eficácia do prolongamento dos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na eliminação do excesso de barris no mercado numa altura em que a produção norte-americana continua em alta.

O Brent, que serve de referência para as importações nacionais, cai 3,9% para 49,82 dólares por barril. Também o Crude, negociado em Nova Iorque, cede 2,84% para 48,25 dólares.

Na semana passada, a OPEP decidiu estender os cortes na produção de ouro negro por mais nove meses, uma medida que não surpreendeu ninguém. Mas o facto de a Arábia Saudita ter adiantado publicamente que o prolongamento até 2018 da inédita decisão tomada em novembro do ano passado será suficiente para reequilibrar o mercado do petróleo não convenceu os analistas.

“Continua a haver muito ceticismo em relação à eficácia dos cortes na produção”, referiu Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, à Bloomberg. “Os preços do petróleo continuam a tendência em baixa”, acrescentou.

"Continua a haver muito ceticismo em relação à eficácia dos cortes na produção. Os preços do petróleo continuam a tendência em baixa.”

A Administração de Informação Energética apresenta esta quinta-feira a evolução dos inventários desta matéria-prima na última semana. Os analistas sondados pela Bloomberg anteveem uma queda dos stocks em três milhões de barris, num sinal de maior consumo na maior economia do mundo.

Ainda assim, do lado da oferta, a última contagem da Baker Hughs anunciada na sexta-feira indicou que o número de explorações petrolíferas nos EUA aumentou para máximos de abril de 2015 na semana passada, sinalizando um aumento de petróleo no mercado.