Europa caiu e Wall Street foi atrás

Risco político continua a retirar fulgor às bolsas. Esta terça-feira, o Reino Unido anunciou eleições antecipadas e fez tombar índices europeus. Do outro lado do Atlântico, Wall Street acompanhou.

Ao risco geopolítico com o agravamento das tensões entre EUA e Coreia do Norte, juntou-se o risco político após o anúncio de eleições antecipadas no Reino Unido com a primeira-ministra Theresa May a justificar essa antecipação com a legitimidade que pretende ter nas negociações para a saída da União Europeia. Os mercados europeus não gostaram. Londres caiu mais de 2%. Do outro lado do Atlântico, o cenário não foi muito melhor.

Em Wall Street, o sentimento dos investidores piorou quando foram conhecidos os resultados do Goldman Sachs abaixo do esperado. As ações do banco caíram 4,72% para 215,59 dólares, o nível mais baixo desde novembro do ano passado.

Em termos gerais, os principais índices norte-americanos encerraram em terreno negativo. O S&P 500, que serve de referência para investidores em todo o mundo, caiu 0,29% para 2.342,18 pontos. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones perderam 0,55% e 0,12%, respetivamente.

No plano empresarial, destaque ainda para a Johnson & Johnson, cujos títulos caíram mais de 3% depois de reportar receitas trimestrais que defraudaram as projeções do mercado.

Goldman Sachs e Johnson & Johnson “são empresas que costumam ter melhores desempenhos nos resultados e o facto de ter falhado as estimativas talvez não seja um bom indicador”, referiu Tim Ghriskey, da Solaris Asset Management, citado pela Reuters. “Há algum nervosismo no mercado com a economia, com o problemas geopolíticos e com a incerteza geral”, adiantou ainda.

Um sinal deste nervosismo vem do mercado do ouro, onde a onça valorizou 0,48% para 1.290,84 dólares, a cotação mais elevada desde novembro do ano passado, perante o movimento em direção aos ativos de refúgio que tem marcado as últimas sessões.

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