5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Rita Atalaia
  • 20 Março 2017

Por cá, o PSI-20 volta a ter 19 cotadas, e a CGD arraca com o road show. Lá fora, o foco vira-se para a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, onde se falará sobre a Grécia.

Por cá, o PSI-20 volta a ter 19 cotadas, com a entrada da Ibersol e da Novabase, isto ao mesmo tempo em que a CGD arranca com o road show para obter 500 milhões de euros em dívida subordinada. Lá fora, os ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se para falar sobre o programa de resgate da Grécia. Nos EUA, o foco vira-se para o primeiro discurso de um responsável da Reserva Federal dos EUA desde que o banco central decidiu subir as taxas de juro. Ainda faltam duas subidas este ano, por isso os investidores vão estar atentos a pistas sobre quando vão acontecer.

PSI-20 regressa… às 19 cotadas

Ibersol e Novabase. São estas as duas novas cotadas que vão passar hoje a militar no índice de referência da bolsa nacional. Isto depois da exclusão do BPI, no seguimento da OPA do CaixaBank que deixou o banco ainda liderado por Fernando Ulrich com uma reduzida liquidez. Perante essa decisão, a gestora da bolsa nacional tinha obrigatoriamente de selecionar uma nova cotada — as regras do PSI-20 exigem que o índice tenha um mínimo de 18 títulos. Escolheu duas. O PSI-20 passa assim de 17 a 19 títulos.

CGD parte para a estrada

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) arranca hoje com a emissão de dívida de elevada subordinação. O banco estatal conta com o CaixaBI, Barclays, Citi, Deutsche Bank e JPMorgan para promoverem junto de investidores institucionais a emissão de dívida no valor de 500 milhões de euros, a primeira de duas previstas no âmbito do programa de recapitalização. Paulo Macedo está otimista quanto ao sucesso da operação. “Se não houver nenhuma alteração radical — apesar das eleições [na Europa] e da volatilidade — a emissão será feita com êxito”, disse o responsável na apresentação das contas de 2016 em que o banco registou os maiores prejuízos de sempre.

Ministros reúnem-se para falar sobre a Grécia

Os ministros responsáveis pela Economia e pelas Finanças dos países da Zona Euro reúnem-se hoje em Bruxelas. Em cima da mesa está a avaliação ao programa de ajustamento macroeconómico da Grécia. Isto depois de, no último encontro, o país se ter comprometido em adotar mais medidas para cumprir os objetivos orçamentais. Se houver mais progressos na reunião desta segunda-feira, as obrigações gregas podem voltar a valorizar (fazendo baixar os elevados juros da dívida helénica). Os ministros vão ainda falar sobre os orçamentos dos Estados-membros e os planos de emissão de dívida.

Fed subiu juros. Quando sobe outra vez?

A Reserva Federal norte-americana aumentou as taxas de juro, uma decisão que não surpreendeu ninguém. Mas também disse que vai voltar a subir mais duas vezes este ano. O que os investidores querem agora saber é quando é que estes aumentos podem ocorrer. Vão estar, por isso, atentos aos discursos dos vários responsáveis da Fed. Hoje é a vez de Charles Evans falar sobre as condições económicas e a política monetária num evento em Nova Iorque. Será que vai dar pistas sobre os próximos passos do banco central liderado por Janet Yellen?

Foco virado para discurso de Merkel

Enquanto os olhos estão virados para os responsáveis da Fed nos EUA, na Europa a atenção centra-se hoje num discurso da chanceler alemã, Angela Merkel. A responsável junta-se ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, num evento onde se falará sobre comércio e a região asiática. Isto num ano em que a chanceler vai novamente a exame nas eleições de setembro. Apesar de as sondagens não lhe serem favoráveis, Merkel decidiu recandidatar-se a um quarto mandato à frente da política alemã.

 

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