Bolsa escapa a tombo de 12% do BPI

O BPI tombou mais de 12%, mas as ações da Jerónimo Martins e das energéticas levaram o PSI-20 ao primeiro dia de ganhos esta semana. BCP recuperou depois de atingir mínimo histórico.

Depois de três sessões em queda, a bolsa lisboeta encerrou esta quinta-feira em terreno positivo, mesmo com a desvalorização das ações do BPI no seguimento da OPA do CaixaBank. A compensar esteve a Jerónimo Martins e também as energéticas EDP e Galp, que acompanharam a valorização internacional do petróleo dado as expectativas, reveladas pela Goldman Sachs, de que a OPEP conseguiu cortar o excesso de produção.

O PSI-20 acompanhou assim o otimismo das bolsas europeias que avançaram também à boleia do petróleo. Além disso, o índice de referência nacional conta ainda com um fecho positivo do BCP que hoje lançou mais 14 mil milhões de novas ações no mercado. Os títulos do banco chegaram a atingir um novo mínimo histórico (13,3 cêntimos), mas as ações recuperaram: fecharam o dia a valorizar 0,14% para os 15 cêntimos por título.

Já os títulos do BPI não sobreviveram à OPA do CaixaBank e fecharam a desvalorizar 12,76% para os 92 cêntimos por ação. A Allianz que detém cerca de 8% do capital do BPI não aceitou a proposta do grupo espanhol, ficando com uma posição que reduz fortemente a liquidez das ações do banco português na bolsa nacional. E por causa disso, a Euronext decidiu esta quarta-feira excluir o BPI do PSI-20, que fica novamente com 17 cotadas a partir desta sexta-feira.

A praça portuguesa valorizou 0,65% esta quinta-feira para os 4.589,84 pontos, provando os primeiros ganhos da semana. As ações da Jerónimo Martins subiram 2,11% para os 16,18 euros. Os títulos da EDP e da Galp subiram, respetivamente, 1,3% e 0,58%. A maior subida (15,34%) foi registada pela Pharol, empresa cujo principal ativo é a participação no capital da brasileira Oi, que continua os planos de reestruturação. A Navigator, a papeleira registou um aumento dos lucros em 2016, valorizou 2,64% para os 3,50 euros.

Já os juros da dívida, no mercado secundário, aliviaram mais de cinco pontos base para os 4,061% na taxa a 10 anos. Este alívio ocorre um dia depois do primeiro leilão de dívida a longo prazo do ano: depois da taxa de mais de 4% por títulos a dez anos, o país pagou esta quarta-feira um juro de 3,668% por dívida a sete anos, praticamente o dobro do que tinha aceitado pagar há apenas oito meses.

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