easyJet antecipa perder 121 milhões com desvalorização da libra

Entre outubro e dezembro, a easyJet transportou 17,4 milhões de passageiros e faturou mais de mil milhões de euros. Mas teme os impactos do Brexit.

A easyjet fechou o primeiro trimestre do seu ano fiscal de 2017 (iniciado em outubro de 2016) com uma melhoria nas receitas e no número de passageiros transportados. Contudo, a companhia aérea low cost continua a alertar para os impactos do Brexit e antecipa que a desvalorização da libra vá afetar os lucros anuais em 105 milhões de libras (mais de 121 milhões de euros).

No período compreendido entre outubro e dezembro do ano passado, a easyJet transportou 17,4 milhões de passageiros, um aumento de 8,2% face aos 16,1 milhões transportados no período homólogo. As receitas ascenderam a 997 milhões de libras (1,15 mil milhões de euros), mais 7,2% do que no período homólogo, e a taxa de ocupação manteve-se nos 90%. A companhia aérea conseguiu ainda reduzir os custos em mais de 2%, para pouco mais de 50 libras por lugar.

São resultados que refletem “um primeiro trimestre sólido, com receitas, custos e número de passageiros em linha com as expectativas”, comenta Carolyn McCall, presidente executiva da easyJet. “Tudo isto apesar de um ambiente duro de operação e de preços”, acrescenta, citada em comunicado enviado às redações.

A responsável refere ainda que a evolução das receitas “continua a melhorar”, graças a “uma procura resiliente em todos os mercados europeus” da lowcost. “As reservas em antecipação estão à frente do ano passado”, detalha.

Os maiores desafios para este ano virão da evolução dos preços do petróleo, do Brexit e do clima de insegurança vivido na Europa.

Os preços e o ambiente operacional continuam difíceis, com os preços dos combustíveis permanecendo baixos e continuando o forte crescimento na capacidade de curto alcance europeu, impactando os rendimentos em toda a indústria”, refere a easyJet, no comunicado divulgado esta manhã.

A companhia aérea espera que a receita por lugar diminua, no primeiro semestre, “em dígitos únicos altos”, penalizada por “um movimento da Páscoa para a segunda metade do ano e algum impacto na metade correspondente ao atentado em Berlim”. Por outro lado, em abril (que já corresponde ao segundo semestre do ano fiscal da easyJet) deverá haver uma recuperação, graças à Páscoa.

Quanto à saída do Reino Unido da Europeia, a low cost espera que “a debilidade da libra esterlina afeta o lucro anual do ano da easyJet no ano fiscal de 2017 em cerca de 105 milhões de libras”.

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